Demissões, lideranças disruptivas e o engajamento
Saúde mental, estresse e burnout, qual a relação disso com lideranças disruptivas? Em 2022, a síndrome do esgotamento profissional passou a ser reconhecida como uma doença relacionada ao trabalho pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Nosso modelo de gestão está preparado para os novos tempos? A OMS descreve o burnout como “uma síndrome resultante de um estresse crônico no trabalho que não foi administrado com êxito” e que se caracteriza por três elementos: sensação de esgotamento, cinismo ou sentimentos negativos relacionados a seu trabalho e eficácia profissional reduzida De acordo com a Organização, a síndrome é caracterizada por três dimensões: Sentimentos de exaustão ou esgotamento de energia. Aumento do distanciamento mental do próprio trabalho, ou sentimentos de negativismo ou cinismo relacionados ao próprio trabalho. Redução da eficácia profissional. Dinheiro já não é o suficiente A consequência desse fenômeno é que milhares de brasileiros estão pedindo demissão dos empregos, levando as estatísticas trabalhistas a baterem recordes. Segundo os estudos feitos pela LCA Consultores nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em agosto aconteceu o recorde de pedidos de demissão em um único mês desde 2020, início da série atual de contagem de vagas. Em um total de 1.773.161 de desligamentos oficiais registrados em agosto, 632.798 deles foram voluntários, ou seja, equivalente a 35,7% de demissões voluntárias. O recorde até então era de março deste ano, com 603.136 pedidos. O que as lideranças têm a ver com isso? “Precisamos repensar todo o sistema de gestão e reavaliar o papel dos líderes. A essência da liderança irá fazer toda a diferença”e ment, Sandro Magaldi, escritor, especialista em Gestão Estratégica e membro do Conselho Consultivo do CIVI-CO. A OMS explica que a síndrome de burnout se refere especificamente a um fenômeno diretamente relacionado à saúde mental e às relações de trabalho, es, por isso é tão importante o empenho dos líderes para um movimento de mudança. As novas lideranças devem estar preparadas para enfrentar desafios que vão além do financeiro. Precisam dialogar e saber gerir e oferecer benefícios para motivar sua equipe de forma consciente e efetiva. “Observe o tamanho dos novos desafios impostos às organizações e seus líderes. No passado, a maioria das pessoas pedia demissão voluntária devido a melhores oportunidades salariais. O que esses novos estudos demonstram é que não adianta ancorar sua estratégia de atração e engajamento de colaboradores apenas com uma política salarial agressiva”, alerta Sandro Magaldi. Para aprender sobre modelos disruptivos de liderança, realizamos o Meetup CIVI-CO com o Sandro Magaldi na nossa Comunidade. Na ocasião, ele lançou o seu novo livro “Liderança Disruptiva”, e fez uma interessante conversa sobre modelos mais inclusivos de gestão adaptados à uma nova economia. Confira como foi esse encontro! 💛 “É necessário refletir sobre quais são as condições de trabalho oferecidas em seu projeto e, sobretudo, qual é a filosofia, o conjunto de crenças, a cultura de sua empresa adaptando-a a esse novo mundo”, conclui Magaldi.
Tecnologia a favor do diagnóstico social
Por Felipe Gregório* Nunca na história da humanidade se presenciou tanta solidariedade como desde o início da pandemia de COVID-19. E mesmo que o altruísmo esteja presente no coração e nas intenções de muitos, será que podemos dizer que as entregas para a parcela mais vulnerável de nossa sociedade apresentam a assertividade necessária? No início da crise pandêmica, a Florescer Brasil, empresa socioambiental de impacto e membro da Comunidade CIVI-CO, sentiu isso na pele. Frente à demanda por distribuição de cestas básicas em áreas de alta vulnerabilidade social, seus colaboradores se depararam com a resposta para perguntas como essa. Isso porque muitas das famílias as quais eram destinadas as doações sequer dispunham de acesso à água encanada em suas residências para o devido preparo dos alimentos. E foi aí que ouvimos um click! App Florescer Após dois anos de estudo, desenvolvimento, validação, aprimoramento e cocriação junto às próprias comunidades, nasceu o projeto do aplicativo Florescer (App Florescer). Partindo da prática da escuta ativa, a aplicação apresenta-se como uma plataforma social – Social as a Service (SoaS), conceito criado pela empresa – de identificação e resolução das principais dores das comunidades. Acessível via aplicativos móveis e website, a iniciativa tem como objetivo principal escutar e entender o que de fato a favela precisa, criando assim mecanismos de conexões e apresentação de soluções para essas localidades, sempre propondo a transformação de dentro para fora. Legenda: Aplicativo da Florescer identificará as principais dores das periferias brasileiras. Foto: Florescer Brasil/Divulgação Analisando o impacto Todo o acompanhamento da plataforma, assim como transparências, métricas e afins, é apresentado em tempo real para os parceiros e stakeholders. A equipe Florescer Brasil realiza a gestão do app através de um painel administrativo (backend) onde novas comunidades e prestadores de serviços (ONG’s, Institutos, lideranças e líderes de grupos) podem ser cadastradas. Legenda: Apresentação do aplicativo para representantes das comunidades. Fotos: Florescer Brasil/Divulgação A iniciativa surge não só em um momento chave de nossa sociedade e da luta por uma maior igualdade de classes, mas também pela importância da realização de um diagnóstico social, trabalho já realizado anteriormente em todas as ações e implantações da Florescer Brasil, agora na palma da mão das pessoas. Nosso propósito é realizar entregas mais assertivas e perenes, imprimindo maior sustentabilidade em todas as etapas do processo de impacto. Isso é responsabilidade socioambiental, isso é Florescer Brasil! *Fundador da Florescer Brasil.
3 dicas para adotar produtos ecológicos em comunidade
Você talvez já tenha tido seu interesse despertado para começar a usar produtos ecológicos em casa, mas ainda esbarra na limitação de quantidade ou até mesmo na adesão das pessoas que fazem parte da sua comunidade? Esse é um desafio comum, mas dá para resolver! Começar uma jornada positiva rumo ao uso de mais produtos ecológicos na rotina, seja na limpeza ou no autocuidado, é mesmo desafiador, mas é um daqueles caminhos que despertam consciência ambiental e podem inspirar de verdade as pessoas ao redor. Está em dúvida de como fazer com que essa prática se multiplique em comunidade? Vem ver algumas dicas que a gente preparou! 1. Faça trocas aos poucos Sabe aquela esponja de plástico na cozinha da família que fica uma eternidade na pia, bem suja? Além de ela não ser higiênica, essa esponja tem microplástico e demora centenas de anos para se decompor. Em um período de apenas uma semana, as esponjas acumulam milhares de microrganismos e são destinadas ao lixo comum. Se sua família troca a esponja sintética uma vez por semana, são cerca de 52 por ano. Multiplique isso pela população da cidade, do estado, do país… É um número bem alto, certo? Que tal trocar pela bucha vegetal? Feita de um fruto e totalmente orgânica, ela pode ser compostada após o seu uso. Enquanto estiver em utilização, para tirar os restos de comida, é só fervê-la! Aos poucos, passe a trocar o detergente por um lava louças ecológico. Introduza sua família ou seus companheiros de casa a um lava roupas natural e resgate também a sabedoria de outros produtos que a gente já conhece bem, como o sabão de coco. 2. Escolha tamanhos grandes Um dos argumentos mais utilizados para dizer que é inviável trocar produtos tradicionais pelos ecológicos é o fator preço. Essa explicação, no entanto, não se sustenta. Ao pensar no custo-benefício, na durabilidade e no bem proporcionado à natureza, só se tem a ganhar! Para incentivar a comunidade e, claro, economizar, a dica é escolher tamanhos grandes. Em vez de embalagens de 1L, que tal optar por um galão de 5L? Em vez de unidades, que tal buscar por caixas com mais produtos, de acordo com a demanda que sua comunidade tem? Sem exageros, claro! 3. Compartilhe conhecimento A jornada ecológica é um caminho imperfeito, de aprendizado e de trocas que acontecem pouco a pouco, mas que visam sempre o benefício da natureza e da comunidade com que a gente convive. Pensando nisso, compartilhar conhecimento faz toda a diferença! Dar bons exemplos em relação à reciclagem, demonstrar os impactos que pequenas atitudes podem ter e, claro, consumir conteúdo de fontes confiáveis, dividindo esses saberes, faz com que a escolha por produtos ecológicos seja cada vez mais coletiva. Sozinhos somos gotas. Juntos somos oceano. E você, tem alguma dica para adotar produtos ecológicos em comunidade? *Coordenadora de mídias sociais da Positiv.a
Saúde mental e voluntariado corporativo
A pandemia causou muitos impactos na saúde mental das pessoas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que, globalmente, a depressão e a ansiedade aumentaram mais de 25% apenas no primeiro ano da pandemia. As mudanças nos modelos de trabalho, como a alteração brusca para o home office, foram um dos diversos fatores que influenciaram a saúde mental dos trabalhadores. Muitas pessoas enfrentaram desafios com o novo modelo, como: falta de contato humano; dificuldade em separar momentos de trabalho e de lazer e, consequentemente, trabalhar mais; necessidade de conciliar novas responsabilidades. Os casos de Síndrome de Burnout, caracterizada por sintomas decorrentes de um esgotamento profissional, também cresceram muito recentemente. De acordo com uma pesquisa da LHH do Grupo Adecco, 38% dos entrevistados dizem ter sofrido Burnout ao longo de 2021. Esse aumento no número de casos de Burnout vem preocupando as empresas, que buscam soluções para melhorar a saúde mental de seus colaboradores. Como as empresas podem ajudar a prevenir problemas de saúde mental? Quando os colaboradores da empresa estão mentalmente saudáveis, a equipe torna-se mais motivada e produtiva, e o ambiente de trabalho fica mais agradável. Existem algumas ações voltadas para saúde mental que as empresas podem e devem promover: Disponibilizar sessões de psicoterapia, além da conscientização sobre tratamento psicológico para diminuir os tabus existentes; Oferecer benefícios que incentivam a atividade física e um estilo de vida mais saudável; Garantir um canal aberto e ativo de feedback; Realizar eventos voltados para a saúde mental (de palestras a aulas de yoga); Adotar uma cultura acolhedora e treinar as lideranças; Realizar ações que movimentam a rotina de uma maneira diferente e geram intervalos saudáveis no trabalho, como o voluntariado corporativo. Uma solução alternativa: trabalho voluntário O voluntariado corporativo, além de beneficiar diretamente o público-alvo das ações, também traz benefícios para quem o pratica. E, de fato, colaboradores que dizem trabalhar com um senso de propósito possuem níveis 5 vezes mais altos de bem-estar no trabalho. “O voluntariado é um gerador de saúde física e mental em toda a sua cadeia de valor. As pessoas se desenvolvem e se sentem úteis; compartilham conhecimento e habilidades; tornam-se produtivas, pró-ativas e protagonistas de atividades para o bem comum; e relacionam-se com outras pessoas e realidades”, afirma Silvia Naccache, consultora em voluntariado. Quebra na rotina cansativa de trabalho O trabalho voluntário, mesmo que seja remoto e de perfil administrativo, simboliza uma atividade diferente do dia-a-dia corrido e de alta demanda de produtividade do ambiente corporativo. Sentimento de satisfação Fazer o bem faz bem. Dedicar-se a causas com as quais se identifica e ver o impacto que você pode causar na vida de outras pessoas traz um sentimento de pertencimento e de satisfação, até mesmo de satisfação pessoal por ter tomado a iniciativa de fazer a diferença. Interação e networking fora do ambiente de trabalho O voluntariado corporativo traz consigo a oportunidade de conhecer novos colegas de trabalho e até mesmo de interagir com conhecidos em um contexto mais informal, sem cobranças e competitividade. O voluntário coloca em prática habilidades que não são usadas no dia-a-dia O voluntariado pode ser uma ótima oportunidade para explorar habilidades que o colaborador não consegue mostrar nas demandas profissionais, aumentando a autoestima e a autoconfiança do voluntário. Reconhecimento social e no ambiente corporativo A pessoa que se engaja com causas socioambientais é vista como altruísta e com vontade de ajudar os outros, de modo que passa a ter maior reconhecimento dentro do ambiente de trabalho. A Alia acredita que o voluntariado corporativo transforma vidas. A Alia é uma solução para ampliar o impacto socioambiental das empresas através do voluntariado corporativo. Mapeamos os interesses e necessidades de cada empresa e de seus colaboradores. Através de uma rede de organizações sociais, implementamos, acompanhamos e mensuramos a experiência do voluntário.
Ideias e projetos podem transformar a sociedade
Por Cause* Cause, a incubadora do Inovaparq que tem como objetivo o apoio ao desenvolvimento de empresas que gerem impacto positivo na sociedade e no meio ambiente. Nossa missão é dar suporte a empreendedores que tenham ideia de novos produtos, serviços ou métodos que atendam uma necessidade social. Oferecemos aos nossos incubados: Infraestrutura Ferramentas para gerenciamento, marketing e serviços em nuvem Serviços facilitados Orientação com suporte e mentoria Networking Facilidades físicas Conheça nossos cases de sucesso A Cria Junto é uma iniciativa de crowd-design criada para conectar pessoas e organizações com ideias e soluções que impactem positivamente o meio ambiente, a economia e a sociedade. Resumindo: uma plataforma de colaboração para um mundo melhor. Para isso, usam um processo chamado crowdsourcing, que utiliza os conhecimentos da multidão para a geração de ideias e de soluções aos desafios alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Professores e parceiros, abordando problemas complexos da nossa sociedade, convidam estudantes e a comunidade a se engajarem na busca por soluções. Assim surgem os desafios. Estudantes e comunidade compartilham suas sugestões de solução, comentando e votando nas mais relevantes, aprendendo juntos. Assim surgem as ideias. Com o apoio de pessoas com as mais diversas habilidades, os participantes se aprofundam nos problemas e contribuem com comentários e ideias. Assim criamos soluções. Em novembro de 2021, a Cria Junto recebeu o “Design for a Better World 2021”, promovido pelo Centro Brasil Design, um importante prêmio focado em design, inovação e impacto positivo, que reconhece ideias transformadoras e dá visibilidade aos envolvidos na criação de soluções de impacto positivo. Outro case do Inovaparq com a Cause é o Crédito Social Voluntário. A startup ainda está em fase de desenvolvimento mas propõe uma solução onde qualquer pessoa ou empresa pode apoiar instituições sociais adquirindo o Crédito Social Voluntário. Como vai funcionar? Converter horas voluntárias em crédito social, gerando recursos financeiros para organizações sociais. 1. Certificação da instituição • Todas as instituições serão auditadas para que possam operar na plataforma. • Com a certificação, será realizada a conversão das horas voluntárias em créditos sociais. 2. Compra do crédito social • Na plataforma, o usuário vai selecionar a instituição e a quantidade de créditos desejados. • De forma rápida e segura finaliza a compra do crédito social. 3. Repasse para a instituição • Com total transparência, será realizado o split automático de pagamento para a instituição. • Através de um painel, a instituição terá acesso a todas as compras e relatórios de transações. Todas essas ideias inovadoras têm como objetivo gerar impacto positivo na sociedade e no meio ambiente. Tudo isso é muito alavancado através dos nossos parceiros como o CIVI-CO, que tem como missão fomentar o empreendedorismo de impacto cívico socioambiental e promover conhecimento para engajar a sociedade civil, o poder público e a iniciativa privada nas causas alinhadas com os ODS da Agenda 2030 da ONU. CIVI-CO e Cause apostam na força da diversidade para formar uma comunidade colaborativa. Gostou? Cadastre seu projeto no nosso site ou entre em contato para tirar dúvidas. *Incubadora de inovação social do Inovaparq.
A transformação vem das favelas
As 10 maiores favelas do Brasil movimentam cerca de R$ 7 bilhões por ano, apontou o estudo Outdoor Social. Paraisópolis, segunda maior comunidade de São Paulo, monetizou R$ 706 milhões em 2019. Esse é o local repleto de inovação e oportunidades que apresentamos na primeira temporada do “Visita CIVI-CO”. No último dia 27 de julho, lançamos no YouTube a nossa nova série de vídeos gravada a partir de visitas às organizações e iniciativas de impacto cívico socioambiental pelo Brasil. E a primeira temporada vai retratar a realidade dos(as) empreendedores(as) da comunidade de Paraisópolis. Toda quarta-feira tem um novo episódio do Visita CIVI-CO: Paraisópolis! O primeiro é o fio condutor desta temporada. Nele apresentamos o Gilson RodriguesAs, líder comunitário de Paraisópolis, empreendedor social, presidente do G10 Favelas e CEO do G10 Bank Participações, que é o retrato de um Brasil potente e transformador. ASSISTA! Visita CIVI-CO: Paraisópolis | Ep. 1 – Gilson Rodrigues Conversar com o Gilson nos ajuda a desmistificar a ideia de startup como um conceito de empreendimento elitista, provando que os ecossistemas periféricos0 também desenvolvem soluções e inovações transformadoras, ainda que com baixo investimento. “Não existe um Brasil igual com Paraisópolis desigual”, Gilson Rodrigues. A primeira temporada traz as histórias do galpão do G10 Favelas, bloco de líderes e empreendedores(as) de impacto social de Paraisópolis (SP). Nela traremos os bastidores da criação de cinco negócios do bloco: Favela Brasil Express, Mãos de Maria, Costurando Sonhos, Emprega Comunidade e Agrofavela. A produção vai mostrar o diálogo entre comunidades, apresentando um conteúdo inspirador e recheado de boas histórias. Vamos conhecer melhor sobre esse ecossistema de empreendedorismo de impacto socioambiental que está gerando impacto para milhares de brasileiros(as) que habitam as periferias brasileiras. “O que vai transformar o Brasil é as favelas”, Giva Pereira. Visto internacional Comunidades são potências e devem ser respeitadas e ouvidas. Mesmo sem grandes investimentos, elas estão começando a despontar para o mundo. Na última semana de julho, a comitiva do G10 Favelas participou de uma importante missão em Nova York. Os líderes do bloco de empreendedores das favelas brasileiras realizaram uma maratona de eventos, planejados para captar recursos e internacionalizar as atividades do grupo. Esta missão nos Estados Unidos foi denominada de “Semana das Favelas do Brasil”, uma oportunidade de promover iniciativas de apoio à economia das periferias. Nosso objetivo é contar essas histórias transformadoras através do olhar de quem as escreveram e inspirar outros(as) autores(as) das favelas a reescreverem suas próprias vidas. Não queremos romantizar os problemas dessas comunidades, mas mostrar que elas também são espaços para promover soluções de impacto. Quer acompanhar todas essas histórias com a gente? Então, inscreva-se no nosso canal do YouTube e não perca os próximos episódios!
Julho Sem Plástico: trocas positivas para o dia a dia
Por Ana Beatriz Ferreira* Se tem um material que está presente em abundância em nossas vidas atualmente, esse material é o plástico. Em embalagens, nos celulares que carregamos pra cima e pra baixo, nos copos de que bebemos, nos potes em que guardamos nossa comida… O Julho Sem Plástico, assim, surge como uma oportunidade para repensar essa presença. Segundo o Atlas do Plástico, 50% de todo o plástico fabricado até hoje foi produzido a partir dos anos 2000. Ou seja, a gente já viveu com muito menos e pode se readaptar! Para ajudar, que tal pensar em algumas trocas positivas que podem ser feitas no dia a dia a fim de reduzir o material em nossas vidas? Preparamos 5 dicas de mudanças bem simples para te ajudar. Continue lendo para saber o que você pode começar a partir de hoje! 1. Leve sempre seu copo ou garrafinha para o trabalho Parece besteira, mas o hábito de levar nossos objetos de casa para o trabalho e para todos os lugares que frequentamos faz toda a diferença. Já parou para pensar na quantidade de copinhos descartáveis que são usados em escritórios todos os dias? Para o cafezinho, para uma água e outra… Se cada pessoa usar três copos por dia, multiplique isso por dezenas, centenas de colaboradores de uma empresa ou de um coworking… Garrafinha às mãos, sempre! 2. Evite usar saquinhos plásticos no supermercado Para começar, sempre que for fazer suas compras, deixe uma ecobag às mãos para evitar a necessidade de usar sacolas plásticas. Além disso, na hora de separar as suas compras do hortifruti, nada de embalar cada tipo de fruta, verdura e legume em um saco, ok? Você pode levá-los soltos mesmo para o caixa ou, se preferir, usar saquinhos a granel feitos de redes de pesca. A positiv.a, por exemplo, tem uma linha feita de redes resgatadas do fundo do mar por uma comunidade em Santa Catarina. Os produtos são tecidos pelas mãos de artesãos, orientados por Nara Guichon, que já esteve no Civi-co e faz um trabalho especial com essa matéria-prima, incentivando um estilo de vida mais ecológico. 3. Prefira tecidos de algodão a fibras sintéticas Já parou para refletir sobre as blusinhas daquela loja que você tanto ama? Na maioria das vezes, elas são feitas de tecidos sintéticos, que liberam microplásticos a cada lavagem. E a água? Pois bem, a água repleta de pedacinhos de plástico vai parar em rios e mares, com grande chances de ser ingerida por espécies marinhas, o que faz muito mal a elas e a todos os ecossistemas ali presentes! Sempre que puder, priorize tecidos que não impactem o meio ambiente. Os tecidos de algodão orgânico, além de tudo, podem ser compostáveis e prezam por um cultivo muito mais equilibrado com a natureza em comparação à monocultura. 4. Substitua a esponja sintética pela bucha vegetal Sabe aquela esponja verde e amarela que tão comum se tornou em nossas cozinhas? Ela também está cheia de plástico! Além de se estragar em menos tempo, ela demora centenas de anos para se decompor. A bucha vegetal, por outro lado, é de origem natural, uma tradição dos tempos de nossos avós e ainda pode ser compostada após seu período de uso na limpeza. 5. Escolha produtos ecológicos Que tal refletir um pouquinho mais sobre os produtos que você compra? Fazer trocas positivas por produtos de limpeza e de autocuidado ecológicos, por exemplo, ajuda a cuidar mais da sua saúde, do seu lar e, claro, do planeta! O Julho sem Plástico é um convite para reflexão e para o primeiro passo em direção a mudanças de hábitos que podem fazer uma grande diferença no futuro. Com os exemplos de quem integra nossa comunidade, a gente se inspira e avança coletivamente! Tem alguém ao seu lado que também pensa em fazer trocas positivas? Compartilhe esse post e espalhe essa ideia com a gente! *Coordenadora de mídias sociais da Positiv.a
A importância da representatividade
O Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, comemorado em 25 de julho, reforça a luta histórica das mulheres negras por sobrevivência em uma sociedade estruturalmente racista, misógina e machista e nos faz refletir sobre a vida dessas mulheres. Este dia também é dedicado a líder quilombola Tereza de Benguela, símbolo de luta e resistência da comunidade negra e indígena, que enfrentou e resistiu a escravidão por mais de 20 anos. Sabemos que existem muitas iniciativas lideradas por mulheres negras no Brasil, gerando impacto e resistindo às opressões estruturais, mas será que elas têm condições e oportunidades iguais? O relatório do Sebrae sobre empreendedorismo negro de 2019 aponta que, no Brasil, 9,6 milhões de mulheres estão à frente de um negócio, sendo que as mulheres negras representam metade desse número, ou seja, cerca de 4,7 milhões são mulheres negras. A sub-representação da mulher negra no mercado de trabalho certamente tem impulsionado esses números. Ainda de acordo a pesquisa, quando falamos de empreendedorismo negro, as mulheres negras empreendedoras têm 1,7 ano a menos de escolaridade que as mulheres brancas, em média. E as desigualdades não param. Os negócios conduzidos pelas mulheres negras têm porte menor do que o de mulheres brancas: as empreendedoras negras ganham 49% a menos que as brancas. Apesar disso Vemos empreendimentos de mulheres negras despontando e ganhando visibilidade em diversos campos, seguindo uma tradição ancestral onde as mulheres africanas eram responsáveis por grande parte do comércio na Costa Ocidental da África, as quais tinham funções e ofícios desenvolvidos para o objetivo do sustento coletivo. Um exemplo é o da empresária Adriana Barbosa, CEO da Pretahub e criadora da “Feira Preta”. O encontro começou há 20 anos como um brechó e se tornou o maior evento de cultura negra da América Latina, reunindo empreendedores(as) das áreas de moda, música, gastronomia, audiovisual, design, tecnologia, entre outras. Desde 2021, a Feira Preta também é um marketplace e um programa de aceleração. Afroempreendedorismo com impacto Aqui no CIVI-CO temos grandes exemplos de afroempreendedoras que criaram negócios focados em gerar impacto socioambiental, inspirando outras pessoas que estão começando a empreender, enquanto transformam a vida de diversas pessoas com seus produtos. Educação com afeto A Piraporiando é um negócio de impacto social criado pela educadora Janine Rodrigues, que atua em prol de uma educação antirracista, antibullying, antipreconceito e de promoção da equidade de gênero. Com formações, vivências, monitoramento, diagnóstico e avaliação de impacto alinhados ao cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e aos requisitos de ESG. Autoestima da mulher negra A Makeda Cosméticos, empresa das irmãs Shirley e Sheila Makeda, tem como missão incentivar nos cuidados dos cabelos afro de forma saudável e auxiliando na construção de uma identidade positiva. A linha de produtos da Makeda Cosméticos é desenvolvida por profissionais técnicos especializados em cabelos crespos e cacheados. Referência infantil Movida pelo desejo de apresentar uma imagem representativa para suas sobrinhas e outras crianças negras, a analista contábil Luciana Santos criou o canal de vídeos “Luttita”, onde ela dá vida a uma personagem que realiza atividades infantis, brincadeiras, cuidados com a estética e também inglês para crianças. Conheça todas as iniciativas da Comunidade CIVI-CO e não se esqueça de apoiar e consumir produtos de afroempreendedoras.
A escravidão que sustenta as casas abandonadas
Um podcast trouxe de volta ao centro das discussões um tema que assombra o Brasil por séculos, a escravidão. “A Mulher da Casa Abandonada” é um conteúdo da Folha de S.Paulo, apresentado pelo jornalista Chico Felitti e narra a história de Margarida Bonetti, mulher que mora em uma casa abandonada, depois de ter mantido uma trabalhadora brasileira em trabalho escravo por 20 anos nos EUA. A história contada parece absurda, ainda mais se pensarmos que ela aconteceu há pouco mais de duas décadas e envolve pessoas com instrução e da chamada “alta sociedade brasileira”. Porém, apesar de real, o acontecimento expõe muito sobre as relações de trabalho aqui no Brasil. Casos como esse foram relevantes para a ONU colocar na lista de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, um ponto exclusivo para as relações de trabalho, o ODS 8 – Trabalho decente e crescimento econômico. Entre as metas desse objetivo tem uma específica para combater o trabalho escravo e análogo a escravidão: Meta 8.7 – Tomar medidas imediatas e eficazes para erradicar o trabalho forçado, acabar com a escravidão moderna e o tráfico de pessoas, e assegurar a proibição e eliminação das piores formas de trabalho infantil, incluindo recrutamento e utilização de crianças-soldado, e até 2025 acabar com o trabalho infantil em todas as suas formas. Ouça o episódio do Planeta CIVI-CO sobre ODS 8 Segundo dados do Ministério do Trabalho, nosso país registra o maior número de casos de trabalho análogo à escravidão desde 2013. A fiscalização do trabalho resgatou 1.726 pessoas em 169 casos de trabalho análogo à escravidão em 2021, o maior já registrado desde 2013, quando se contabilizou 170 casos. Só em 2022, mais de 500 pessoas já foram resgatadas no Brasil. Mas por que casos como esses, mesmo sendo amplamente divulgados pela mídia e com repercussão internacional, caem no esquecimento popular e precisam ser constantemente revisitados? “Ela era da família” A resposta é simples, porque nossa sociedade vem tratando essa relações trabalhistas de forma banal. Histórias como essa da Margarida Bonetti se multiplicam no nosso país e não são exclusivas das famílias de alto poder aquisitivo. Dentro de muitos lares brasileiros, inclusive os de classe média, esse cenário se reproduz. Mesmo longe das agressões e atrocidades, nessas relações trabalhistas são oferecidas condições mínimas para a dignidade humana, como alimentação e moradia precários, em troca de trabalho doméstico. Esse recorte de gênero, raça e economia traça um perfil das pessoas que são vítimas nesses casos, em sua maioria mulheres negras e em situação de vulnerabilidade econômica e social. A mesma parcela específica da população brasileira que vem sendo prejudicada desde os primórdios da escravização e que sustenta o sistema econômico por alguns séculos. Novas embalagens Tudo isso parece longe da nossa realidade. Uma sociedade que almeja alcançar modelos sustentáveis e instalar um novo capitalismo, mais justo e equilibrado, precisa discutir e reavaliar as relações trabalhistas onde a satisfação, qualidade de vida, distribuição de renda e produção possam andar lado a lado. Porém, mesmo com a adoção de métricas, como o ESG, esse modelo ainda desliza em velhas práticas que beiram a exploração e a desvalorização do trabalhador. Um exemplo disso é a relação injusta que os aplicativos de entrega e de transporte tem com os seus colaboradores. A chamada “uberização” dos cargos é um novo modelo de relações injustas e que só aumentam a desigualdade. Loft, Quinto Andar, Kavak, Vtex, Mercado Bitcoin… Além dos valores expressivos que essas empresas movimentam, elas têm outro fator em comum: em um curto espaço de tempo, todas anunciaram demissões em massa. Somente a Loft cortou 364 pessoas no início de julho. Outras 159 já haviam sido demitidas em abril. Somando os dois grupos, mais de 500 pessoas foram desligadas nos últimos quatro meses. Segundo levantamento do Layoffs Brasil, mais de 2 mil profissionais que trabalhavam em startups perderam seus empregos neste ano. Por trás dos números secos da estatística, surge o pouco cuidado das empresas com a responsabilidade social e governança dos negócios, dois pilares cruciais de avaliação de risco de negócio nas boas práticas ESG e que vão ao encontro com outra meta do ODS 8: Meta 8.8 – Proteger os direitos trabalhistas e promover ambientes de trabalho seguros e protegidos para todos os trabalhadores, incluindo os trabalhadores migrantes, em particular as mulheres migrantes, e pessoas em empregos precários. Quebrando correntes O caso de exploração envolvendo Margarida Bonetti pode ser chocante, mas está longe de ser o único. ALERTA SPOILER: a equipe do podcast “A Mulher da Casa Abandonada” encerra a temporada expondo histórias similares que aconteceram no passado recente em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e na cidade de Santos (SP). É preciso repensar as relações trabalhistas, seja através do fortalecimento do sistema judiciário trabalhista, da cobrança por meio de métricas ESG ou até mesmo com ações concretas como o AppJusto, que se propõe a fazer uma melhor distribuição com entregadores. Promover urgentemente a criação de um modelo livre das explorações, sobretudo para a população que há anos sustenta a base do nosso sistema econômico e vem sofrendo com as mazelas desse modelo defasado.
É possível “consertar” a economia de plataforma: entrevista com Rogério Nogueira
Entregadores protestam por melhores condições de trabalho e muitos restaurantes fecham as portas por conta do cenário econômico e taxas abusivas. Esta é a realidade do delivery atual, na qual todas partes se vêem submissas ao que é imposto devido a desproporção nas relações de poder que o monopólio permite. Nesta entrevista concedida ao CIVI-CO, Rogério Nogueira (conhecido como “Rog”) contextualiza sobre o que é o modelo de economia de plataforma e como um grupo de amigos junto a voluntários, restaurantes e entregadores construíram o AppJusto, uma alternativa de delivery que é “bom para todos” . O que é a economia de plataforma? A economia de plataforma (em inglês, gig-economy) ou, de maneira mais informal, “economia dos bicos”, é um modelo de negócios com plataformas digitais que assumem o papel de intermediadores entre quem oferta um bem ou serviço e quem os consome. Alguns exemplos conhecidos são: AirBnb, Mercado Livre, Getninjas, Parafuso, Uber, 99 e iFood. Atualmente estas plataformas digitais são fonte de renda para 32,4 milhões de autônomos no Brasil, sendo só 4,53 milhões nos aplicativos de transporte e entrega. Mas o que há de errado neste modelo? Existem dois aspectos principais que precisam ser observados, pois contribuem para a desigualdade social e são um risco para o futuro do trabalho. O primeiro é que há dois tipos de plataformas, as que tem transparência e autonomia (onde o profissional autônomo ou negócio definem suas próprias condições de trabalho e remuneração) e as que não têm (com exemplo do modelo de “motoristas de aplicativo” e “delivery”, onde as regras dos algoritmos não são transparentes e os trabalhadores não definem sua própria remuneração) O segundo aspecto é o monopólio que algumas empresas de tecnologia conquistaram. Monopólio é algo ruim para sociedade em qualquer segmento, porque desequilibra as relações de poder e permite que quem domina imponha as condições que quiser – e é o consumidor final quem paga esta conta. Nosso propósito é “consertar a gig-economy”, que é exatamente ser uma alternativa que traga equilíbrio ao mercado com maiores ganhos para as partes, assim contribuímos para o ODS 8 – Trabalho decente e crescimento econômico e ODS 10 – Redução das desigualdades. Ao mesmo tempo que evitamos que a gig-economy se torne uma terra sem lei, dominada por empreendedores e fundos de investimento com mentalidade “winner takes all”, evitamos também que tal pensamento se alastre para outros segmentos. Com isso, atuamos para que a instrumentalização e desqualificação de pessoas capazes não se torne uma opção de trabalho para as gerações futuras. E no delivery, que é onde vocês atuam, como acontece este desequilíbrio? O brasileiro gostou da praticidade e da variedade de restaurantes com agilidade e alta capilaridade dos aplicativos, utilizando-se de um pool compartilhado de entregadores que, em grande parte, viram nessa alternativa de trabalho uma solução para uma crescente alta de desemprego desde 2016. Diante desta demanda e do enorme influxo de mão de obra disponível, as plataformas se utilizam de algoritmos para potencializar seus ganhos cobrando o máximo aceitável pelo consumidor, ao mesmo tempo que paga o mínimo possível de frete. Essa perversa equação, que inicialmente parecia vantajosa para consumidores que se acostumaram com cupons e a taxas de entrega baixas, atualmente se aproveita do poder conquistado a custo de jornadas de trabalho cada vez mais longas a serem cumpridas pelos “motoboys”. Os entregadores estão sob a subordinação de práticas de scores e bloqueios automáticos que tiram o direito de trabalhar e ganhar seus sustentos sem chance de defesas. Os restaurantes, por sua vez, que viram o delivery por aplicativos como apenas um canal de vendas adicional, acabaram por vivenciar, nessa digitalização potencializada pela pandemia, a crescente demanda dos clientes por entregas a domicílio. E com desequilíbrio nas relações de poder pela falta de alternativas, deu margem para que as plataformas definissem taxas e regras que visam exclusivamente seus interesses próprios. Algumas delas com taxas chegando a quase 30% do valor total de uma venda. Vivenciando uma espécie de Síndrome de Estocolmo, os restaurantes, em troca de maior visibilidade e melhor rankeamento dentro do marketplace das plataformas, são coagidos a sustentar um perverso ciclo vicioso, subsidiando fretes grátis e/ou cupons de desconto, numa política insustentável de “fidelização” dos clientes, que agora nem são mais seus. Como o AppJusto resolve isso? AppJusto é um negócio social com código fonte livre. Nossa missão é oferecer equilíbrio ao setor através de um modelo baseado em relações mais justas e transparentes entre todos os envolvidos. A plataforma foi construída durante a pandemia junto a restaurantes, entregadores e voluntários que tiveram total influência da definição das regras da plataforma para que fosse “bom para todos”. Oferecemos um modelo de mercado que é equivalente a um marketplace de restaurantes com logística integrada, só que praticamos a menor comissão do mercado para restaurantes e não ficamos com absolutamente nada do valor do frete para os entregadores. As vantagens não são apenas para entregadores e restaurantes: partindo de uma taxa de apenas 7,21% (5% de comissão e 2,21% da transação por cartão), os restaurantes repassam preços menores para seus consumidores, que chegam a pagar até 30% menos nos pratos em relação ao que praticam em plataformas concorrentes. No AppJusto, os entregadores se organizam para definir as próprias condições do serviço e não temos score. Esses profissionais são autônomos de verdade, trabalham quando podem e pegam somente os serviços que querem. Onde vocês estão operando? Qual o estágio da SocialTech? Lançamos o AppJusto em agosto de 2020. Já nos primeiros meses de operação decidimos ganhar maturidade e qualidade e criar a cultura de operar de maneira ágil e enxuta, antes de crescer. Precisávamos também validar que a plataforma e vantagens eram claras o suficientes para gerar um efeito rede e potencializar um crescimento sustentável. Também tínhamos o objetivo de medir nosso impacto social, que neste primeiro momento ficou centralizado no impacto social financeiro. Com uma equipe e voluntários competentes e com muito propósito, tivemos êxito em todas estas validações. Organicamente, já temos 15 mil entregadores cadastrados,