Demissões, lideranças disruptivas e o engajamento

Demissões, lideranças disruptivas e o engajamento

Saúde mental, estresse e burnout, qual a relação disso com lideranças disruptivas? Em 2022, a síndrome do esgotamento profissional passou a ser reconhecida como uma doença relacionada ao trabalho pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Nosso modelo de gestão está preparado para os novos tempos?

A OMS descreve o burnout como “uma síndrome resultante de um estresse crônico no trabalho que não foi administrado com êxito” e que se caracteriza por três elementos: sensação de esgotamento, cinismo ou sentimentos negativos relacionados a seu trabalho e eficácia profissional reduzida

De acordo com a Organização, a síndrome é caracterizada por três dimensões:

  • Sentimentos de exaustão ou esgotamento de energia.
  • Aumento do distanciamento mental do próprio trabalho, ou sentimentos de negativismo ou cinismo relacionados ao próprio trabalho.
  • Redução da eficácia profissional.
Dinheiro já não é o suficiente 

A consequência desse fenômeno é que milhares de brasileiros estão pedindo demissão dos empregos, levando as estatísticas trabalhistas a baterem recordes.

Segundo os estudos feitos pela LCA Consultores nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em agosto aconteceu o recorde de pedidos de demissão em um único mês desde 2020, início da série atual de contagem de vagas.

Em um total de 1.773.161 de desligamentos oficiais registrados em agosto, 632.798 deles foram voluntários, ou seja, equivalente a 35,7% de demissões voluntárias. O recorde até então era de março deste ano, com 603.136 pedidos.

O que as lideranças têm a ver com isso?

“Precisamos repensar todo o sistema de gestão e reavaliar o papel dos líderes. A essência da liderança irá fazer toda a diferença”e ment, Sandro Magaldi, escritor, especialista em Gestão Estratégica e membro do Conselho Consultivo do CIVI-CO.

A OMS explica que a síndrome de burnout se refere especificamente a um fenômeno diretamente relacionado à saúde mental e às relações de trabalho, es, por isso é tão importante o empenho dos líderes para um movimento de mudança.

As novas lideranças devem estar preparadas para enfrentar desafios que vão além do financeiro. Precisam dialogar e saber gerir e oferecer benefícios para motivar sua equipe de forma consciente e efetiva.

“Observe o tamanho dos novos desafios impostos às organizações e seus líderes. No passado, a maioria das pessoas pedia demissão voluntária devido a melhores oportunidades salariais. O que esses novos estudos demonstram é que não adianta ancorar sua estratégia de atração e engajamento de colaboradores apenas com uma política salarial agressiva”, alerta Sandro Magaldi.

Para aprender sobre modelos disruptivos de liderança, realizamos o Meetup CIVI-CO com o Sandro Magaldi na nossa Comunidade. Na ocasião, ele lançou o seu novo livro “Liderança Disruptiva”, e fez uma interessante conversa sobre modelos mais inclusivos de gestão adaptados à uma nova economia.

Confira como foi esse encontro! 💛

“É necessário refletir sobre quais são as condições de trabalho oferecidas em seu projeto e, sobretudo, qual é a filosofia, o conjunto de crenças, a cultura de sua empresa adaptando-a a esse novo mundo”, conclui Magaldi.