Você pertence à qual comunidade?

Você pertence à qual comunidade?

O anúncio da volta do Orkut deixou todos eufóricos na internet! A rede social que fez sucesso no Brasil em meados dos anos 2000 foi uma das pioneiras em conectar pessoas através da segmentação por comunidades. 


Infelizmente o CIVI-CO não nasceu na era do Orkut, mas não deixamos de ser uma comunidade de transformadores de impacto positivo que vocês já conhecem. Afinal, “o CIVI-CO só acontece quando a comunidade acontece”. =)

Podem deixar seus depoimentos lá nas nossas páginas. kkkkkk

Porém, o que vamos falar aqui hoje não é sobre isso. Calma, pelo menos ainda não! Só inserimos essa ideia para falar de outras comunidades. Se você acompanha as nossas redes sociais,já está por dentro de toda movimentação em torno do nosso Hub Bioeconomia Amazônica.  

Visita CIVI-CA

Conectados através das ações do Hub e de conexões feitas pela Iara Vicente, fundadora da Nossa Terra Firme, as equipes do Instituto Humanitas360 (@humanitas360) e do CIVI-CO fizeram uma imersão especial na comunidade do Povo Paiter Suruí em Cacoal, no estado de Rondônia. 

FOTOS: DIEGO SILVEIRA
Retribuindo a visita realizada por eles aqui no CIVI-CO, essa também foi uma forma de aprender mais sobre os povos originários brasileiros e conhecer como funciona este polo de produção bioeconômico.  

Fomos recebidos pelo cacique Almir Suruí (@almir_narayamoga), que nos apresentou a Associação Metareilá (@metareila) e as atividades de bioeconomia desenvolvidas nas áreas de reflorestamento próximas à comunidade, como: produção de castanhas, plantações de café e banana e nos encantamos com o artesanato local. 

Entre uma conversa e outra também apresentamos alguns de nossos projetos socioambientais como a Tereza Vale a Pena (@terezavaleapena), cooperativa que gera emprego e renda para pessoas socialmente vulneráveis através do artesanato e moda sustentável.

Patrícia Villela Marino, cofundadora do CIVI-CO e presidente do H360, comentou sobre a importância de se conectar com o povo Paiter Suruí e a sabedoria e ancestralidade das comunidades indígenas e amazônicas:  

“Foi uma visita fundamental para a contextualização pedagógica e aterrisagem da alma, inquieta pela curiosidade, mas, também, pelo entusiasmo de conhecer mais daqueles que já conhecem quase tudo de um Brasil sábio, soberano e equilibrado na sua origem e não ensoberbecido pela sua história e nem sórdido pela sua atualidade.”

Na Associação Metareliá, antes de seguir para a aldeia, conhecemos a história de luta e resistência do povo Suruí, quase exterminado desde o contato com com a “civilização”, cujo sofrimento e dor não foram suficientes para sua vitimização.

Na sede da Associação tivemos a oportunidade de passar por uma revisão histórica com fotos, filmes, dados e depoimentos que nos incitam, a todos e todas, ao letramento racial e cultural tão necessário para firmarmos compromisso ético, inegociável, com a justiça climática.

Abril Livre

A nossa visita ao povo Paiter Suruí coincidiu justamente com a época do ano em que é celebrado o mês de luta e defesa dos direitos indígenas no Brasil. 

Neste ano, a ação mais marcante dessa data foi o Acampamento Terra Livre, um evento de mobilização dos povos indígenas do Brasil em torno de seus direitos constitucionais, que acontece anualmente desde o ano de 2004. 

Mobilizados contra o Projeto de Lei 191/2020, que pretende abrir as terras indígenas para a mineração, cerca de 8 mil indígenas se reuniram por dez dias em frente à Esplanada dos Ministérios, em Brasília. 

A Comunidade CIVICO esteve presente no acampamento, representada através da presença da Iara Vicente, coordenadora do Hub Bioeconomia Amazônica. Iara é ativista dos direitos dos povos originários e sempre levanta a pauta da bioeconomia como medida de sobrevivência desses agrupamentos. 

Conheça o Hub Bioeconomia Amazônica