O papel das pessoas brancas na luta antirracista

O papel das pessoas brancas na luta antirracista

prática antirracista deve acontecer em conjunto e todos(as) devem participar ativamente dessa pauta. Principalmente as pessoas brancas, que devem começar a fazer uma reflexão sobre seu lugar na sociedade, aprender sobre o tema e desconstruir ideias e atitudes preconceituosas. Quanto mais poder se tem, mais se pode fazer.

É importante lembrar que a sociedade brasileira foi estruturada através da desigualdade. Essas construções se devem a fatores de um sistema escravocrata enraizado no país através de um processo histórico de exploração, que criou castas sociais.

O que é a branquitude? 

Todas as pessoas brancas no Brasil, mesmo que de forma inconsciente, adquirem privilégios dentro dessa sociedade construída há séculos. E isso não é uma escolha.

Quando se fala de ganhos e benefícios, isso vai além do campo ideológico. A branquitude no nosso país é um lugar de privilégio histórico, simbólico e material: os brancos ganharam terras logo que vieram para cá e os europeus lucraram em cima de 400 anos do sistema escravocrata.

Para piorar, ainda existe no Brasil uma falsa ideia de que as instituições funcionam igualmente. Isso faz com que a branquitude se sinta confortável, pois não existem questionamentos, e continuam vivendo em bolhas, com a premissa de um país igualitário e justo.

Como é ser branco no Brasil?

Assista ao vídeo abaixo do AD Junior, consultor de diversidade e head de marketing na Trace Brasil:

O que você achou? Dá para entender um pouco sobre como é ser branco na sociedade brasileira e como isso envolve uma série de privilégios que deveriam ser acessíveis para todos(as). Porém, por conta do racismo estrutural é designado apenas para uma parcela da população.

Ou seja, se uma pessoa nasce branca no Brasil, ela já está inserida culturalmente dentro de signos positivos, tanto de confiabilidade, competência, inteligência e beleza. Enquanto isso uma pessoa negra já nasce cercada de signos negativos, pelo simples fato da cor da sua pele.

E isso acontece independentemente da sua classe social ou renda financeira, como vimos no vídeo do AD Junior e também no recente caso em que os filhos do casal Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank foram vítimas de atos racistas em uma praia de Portugal.

Os brancos no Brasil são educados e inseridos em uma sociedade privilegiada e esse é um obstáculo muito grande para acabar com as estruturas raciais.

É necessário contornar e questionar democraticamente essas estruturas que parecem naturais, mas que, na verdade, não são. Elas são históricas, políticas, sociais e econômicas.

5 atitudes para pessoas brancas se tornarem aliadas:
  1. Corrigir termos e comportamentos racistas
  2. Entender seus privilégios
  3. Votar consciente (conheça o #VotoEmPreto) 
  4. Racializar todas as questões 
  5. Saber ouvir e aprender com pessoas pretas 

Trilha do Racismo Estrutural é uma aula desenvolvida pelo AD Junior, produzida pelo CIVI-CO em parceria com a Trace Brasil, sobre todo o processo histórico do racismo estrutural no país.

Assista e aprenda!