Visibilidade Trans para além da data

Visibilidade Trans para além da data

Um ato pode marcar a história para sempre: no dia 29 de janeiro de 2004, foi organizado, em Brasília, um ato nacional para o lançamento da campanha “Travesti e Respeito”. A data foi um marco do movimento contra a transfobia e na luta por direitos e foi escolhida como o Dia Nacional da Visibilidade Trans.

Porém, apenas um acontecimento não pode resumir anos de lutas e conquistas. A afirmação deve ser contínua e o espaço conquistado não pode ser perdido – e é um dever de todes garantir e assegurar os direitos adquiridos.

Janeiro Lilás 

O preconceito, a baixa escolaridade, o desemprego, a discriminação e a violência tornaram o Brasil o país que mais mata transexuais no mundo. Enquanto a expectativa de vida média da população brasileira é de 74 anos, segundo o IBGE, as pessoas trans vivem em média apenas 35 anos.

Para denunciar essa realidade e reafirmar a importância da luta pela garantia dos direitos das pessoas trans foi definido que o mês de janeiro seria inteiro dedicado à visibilidade dos transexuais.

Intitulada como “Janeiro Lilás”, a iniciativa busca a sensibilização da sociedade por mais conhecimento e reconhecimento das identidades de gênero, com o intuito de combater os estigmas e a violência sofridos pela população transexual e travesti.

Mercado de trabalho 

Infelizmente a grande maioria da população trans ainda é expulsa de casa e obrigada a sobreviver por meio da prostituição. De acordo com Dossiê de 2019 da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), 90% da população de travestis e mulheres transexuais utilizam a prostituição como fonte de renda devido à falta de oportunidades no mercado de trabalho.

Em 2021, o Centro de Estudos de Cultura Contemporânea (Cedec) divulgou o  1º Mapeamento de Pessoas Trans na Cidade de São Paulo, que revelou que 58% dos entrevistados (mulheres trans, travestis, homens trans e pessoas não-binárias) realizam trabalho informal ou autônomo, de curta duração e sem contrato. Entre as travestis, esse percentual sobe para 72%

Papel social das empresas

investimento em diversidade, por muitos anos, foi um assunto inexistente no meio corporativo. Mas, com a facilidade de acesso à informação, proporcionada pela transformação digital, tem impulsionado a evolução comportamental do ser humano nos tempos modernos. Por consequência, essa é uma das pautas mais discutidas dentro das empresas.

Assumir a responsabilidade com a diversidade dentro das organizações se tornou mais que um compromisso ESG. A necessidade de inclusão parte de um movimento global voltado para um maior engajamento cívico social, que interfere também no engajamento e lucratividade das empresas.

Essa busca gerou diversas demandas para soluções dentro das empresas. Esse novo modelo de gestão de pessoas contribui com a adequação de processos para alcançar as transformações que a organização necessita para se tornar, de fato, inclusiva e diversa.

O papel da consultoria de diversidade, passou a ajudar empresas a desenvolver estratégias e ações para incluir em seu quadro de colaboradores:

  • mulheres;
  • pessoas da comunidade LGBTQIAP+;
  • profissionais negros;
  • profissionais idosos;
  • pessoas com deficiência.
Trilhas da Diversidade

Aqui na nossa Comunidade, a edtech Piraporiando utiliza conteúdos e experiências antirracistas, antibullying e antipreconceitos para a promoção da equidade de gênero e raça em escolas e empresas.

Através do programa “Trilhas da Diversidade” , a Piraporiando promove ações afirmativas e educacionais auxiliando na formação continuada de profissionais e alunos. No âmbito empresarial, a consultoria pode auxiliar empresas tanto na contratação, preparação de gestores e colaboradores, quanto na transformação do ambiente de trabalho em um espaço mais inclusivo e acolhedor.

É importante lembrar que a cidadania e o respeito devem ser aplicados todos os dias. Vamos ajudar as pessoas a serem quem elas são independente da época do ano e do local que estejam!

Algumas dicas:

  • Respeite o nome social
  • Contrate e promova pessoas trans
  • Garanta a equidade salarial
  • Adote pronomes neutros
  • Invista em formação