Sede não é escassez, é má distribuição

Sede não é escassez, é má distribuição

Andando pela rua, em um dia quente de verão, você começa a sentir sede. O que você faz? Provavelmente vai ao estabelecimento comercial mais próximo e compra uma garrafa de água. Sim, pode parecer simples, mas já parou para pensar o que você faria se não tivesse dinheiro ou se não houvesse onde comprá-la?   

Quando falamos de falta de água logo pensamos em cenários desérticos, regiões áridas ou imagens de pessoas passando sede e fome no sertão brasileiro. Porém, o inimigo mora ao lado. Muitos não sabem que em São Paulo, a cidade mais rica da América Latina, existem diversas pessoas sedentas neste exato momento

Pensando nessas situações, a Florescer Brasil desenvolveu um mecanismo para democratizar o acesso à água potável nos centros urbanos e para reduzir o impacto negativo causado pela grande quantidade de garrafas plásticas descartadas anualmente. 

O CIVI-CO é um incentivador dessa ferramenta de impacto social e foi um dos pontos escolhidos pela Florescer para receber o totem de água gratuita. Ele ficará localizado aqui na pracinha em frente ao nosso prédio, na Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 445.   

Os totens feitos de material reciclável estarão disponíveis 24h por dia. Para utilizar, basta posicionar a garrafa (ou squeeze) e acionar o botão lateral. Filtros de desinfecção ajudam a evitar a contaminação.

Florescendo impacto

Em meio à crise do coronavírus, a Florescer Brasil instalou lavatórios portáteis públicos no Jardim Colombo, na zona oeste, e no Capão Redondo, na zona sul. 

O objetivo era facilitar a higienização das mãos para combater a proliferação do vírus em comunidades com dificuldade de acesso à água. A iniciativa foi destaque e conquistou a vitória do Prêmio Empreendedor Social em 2020, na categoria “Mitigação da Covid-19”.

E não parou por aí. Em julho de 2021, a empresa social instalou um reservatório de água, criou sistema de bombeamento com captação solar e distribuiu caixas d’água para famílias que chegavam a gastar metade da renda com água engarrafada.

FOTO: Reprodução Florescer

Rio Innovation Week 2022

Essas ações renderam ao CEO da Florescer Brasil (@florescer_brasil ), Felipe Gregório, o convite para participar como painelista no Rio Innovation Week e debater sobre novas tecnologias sociais de acesso à água e esgotamento sanitário em locais de difícil acesso, de estresse hídrico e de alta vulnerabilidade social.

O Rio Innovation Week ( @rioinnovationweek ) foi um evento que aconteceu entre os dias 13 e 16 de janeiro, na cidade do Rio de Janeiro, com o objetivo de implantar um hub de projetos que pensam no futuro como presente – desenvolvem, capacitam, surpreendem e empreendem.

Sintomas  

A ação do Florescer expõe um problema maior existente nos centro urbanos: falta de acesso à água para moradores em situação de rua. A pesquisa “Cartografias do acesso à Água”, organizada pelo Centro de Convivência É de Lei, faz um levantamento dos banheiros, lavanderias e pias públicas em atividade no centro da cidade de São Paulo. 

Contudo, tanto o relatório quanto os banheiros mapeados apontam para a insuficiência dos banheiros disponíveis. Além dos cinco espaços implementados pela prefeitura, existem apenas mais quinze banheiros espalhados pela cidade. 

Se considerarmos a soma desses números (20 banheiros), podemos concluir que cada banheiro público em São Paulo é utilizado por 513 pessoas. E estamos contabilizando apenas a população em situação de rua na região central.

Se o cálculo for para toda a população que vive nesses distritos, seriam mais de 8 mil pessoas para cada banheiro. Um número inaceitável, mas que fica pior, pois não levamos em conta as barreiras físicas e simbólicas para acessar a maioria desses banheiros. Uma parte significativa deles está em locais onde existe algum nível de vigilância e controle que impede o livre acesso de todos e todas.

De acordo com a pesquisa, pias e torneiras de uso público foram construídas logo no início da pandemia, que já demandava historicamente a instalação de bebedouros e pias nas vias públicas da cidade. Segundo a prefeitura de São Paulo, seriam instaladas 100 pias pela cidade. Porém, foram identificadas apenas seis

A população em situação de rua procura água em estabelecimentos comerciais e postos de gasolina, segundo 46% dos entrevistados pelo Censo da população em situação de rua em 2019. Infelizmente, 15% deles relataram sofrer violência por parte dos comerciantes e 19% disseram que são impedidos de acessar bares, lanchonetes ou restaurantes. 

A partir destes dados fica evidente que o acesso à água para consumo ou para higiene da população que está em situação de rua deve ser objeto de política pública, auxiliados pelo terceiro setor.

Outra realidade

São Paulo, a maior e mais rica cidade da América Latina, não tem nenhum bebedouro instalado nas ruas. Uma publicação do jornal The New York Times (2018) apontou que Nova York tem mais de 3 mil fontes e bebedouros instalados em espaços públicos

A cidade italiana de Roma possui cerca de 2 mil bebedouros em locais de grande circulação. Paris, na França, tem aproximadamente 1.200 bebedouros públicos

Londres, na Inglaterra, iniciou uma política para instalar equipamentos para combater o uso de garrafas plásticas e saciar a sede não apenas de pessoas, mas também de animais de estimação em locais públicos. Até mesmo o Chile, país sulamericano, tem um projeto de instalação de bebedouros públicos[:en]Andando pela rua, em um dia quente de verão, você começa a sentir sede. O que você faz? Provavelmente vai ao estabelecimento comercial mais próximo e compra uma garrafa de água. Sim, pode parecer simples, mas já parou para pensar o que você faria se não tivesse dinheiro ou se não houvesse onde comprá-la?

Quando falamos de falta de água logo pensamos em cenários desérticos, regiões áridas ou imagens de pessoas passando sede e fome no sertão brasileiro. Porém, o inimigo mora ao lado. Muitos não sabem que em São Paulo, a cidade mais rica da América Latina, existem diversas pessoas sedentas neste exato momento.

Pensando nessas situações, a Florescer Brasil desenvolveu um mecanismo para democratizar o acesso à água potável nos centros urbanos e para reduzir o impacto negativo causado pela grande quantidade de garrafas plásticas descartadas anualmente.

O CIVI-CO é um incentivador dessa ferramenta de impacto social e foi um dos pontos escolhidos pela Florescer para receber o totem de água gratuita. Ele ficará localizado aqui na pracinha em frente ao nosso prédio, na Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 445.

Os totens feitos de material reciclável estarão disponíveis 24h por dia. Para utilizar, basta posicionar a garrafa (ou squeeze) e acionar o botão lateral. Filtros de desinfecção ajudam a evitar a contaminação.

FOTO: Divulgação Florescer Brasil

Florescendo impacto

Em meio à crise do coronavírus, a Florescer Brasil instalou lavatórios portáteis públicos no Jardim Colombo, na zona oeste, e no Capão Redondo, na zona sul.

O objetivo era facilitar a higienização das mãos para combater a proliferação do vírus em comunidades com dificuldade de acesso à água. A iniciativa foi destaque e conquistou a vitória do Prêmio Empreendedor Social em 2020, na categoria “Mitigação da Covid-19”.

E não parou por aí. Em julho de 2021, a empresa social instalou um reservatório de água, criou sistema de bombeamento com captação solar e distribuiu caixas d’água para famílias que chegavam a gastar metade da renda com água engarrafada.

Rio Innovation Week 2022

Essas ações renderam ao CEO da Florescer Brasil (@florescer_brasil ), Felipe Gregório, o convite para participar como painelista no Rio Innovation Week e debater sobre novas tecnologias sociais de acesso à água e esgotamento sanitário em locais de difícil acesso, de estresse hídrico e de alta vulnerabilidade social.

O Rio Innovation Week ( @rioinnovationweek ) foi um evento que aconteceu entre os dias 13 e 16 de janeiro, na cidade do Rio de Janeiro, com o objetivo de implantar um hub de projetos que pensam no futuro como presente – desenvolvem, capacitam, surpreendem e empreendem.

Sintomas

A ação do Florescer expõe um problema maior existente nos centro urbanos: falta de acesso à água para moradores em situação de rua. A pesquisa “Cartografias do acesso à Água”, organizada pelo Centro de Convivência É de Lei, faz um levantamento dos banheiros, lavanderias e pias públicas em atividade no centro da cidade de São Paulo.

Contudo, tanto o relatório quanto os banheiros mapeados apontam para a insuficiência dos banheiros disponíveis. Além dos cinco espaços implementados pela prefeitura, existem apenas mais quinze banheiros espalhados pela cidade.

Se considerarmos a soma desses números (20 banheiros), podemos concluir que cada banheiro público em São Paulo é utilizado por 513 pessoas. E estamos contabilizando apenas a população em situação de rua na região central.

Se o cálculo for para toda a população que vive nesses distritos, seriam mais de 8 mil pessoas para cada banheiro. Um número inaceitável, mas que fica pior, pois não levamos em conta as barreiras físicas e simbólicas para acessar a maioria desses banheiros. Uma parte significativa deles está em locais onde existe algum nível de vigilância e controle que impede o livre acesso de todos e todas.

De acordo com a pesquisa, pias e torneiras de uso público foram construídas logo no início da pandemia, que já demandava historicamente a instalação de bebedouros e pias nas vias públicas da cidade. Segundo a prefeitura de São Paulo, seriam instaladas 100 pias pela cidade. Porém, foram identificadas apenas seis.

A população em situação de rua procura água em estabelecimentos comerciais e postos de gasolina, segundo 46% dos entrevistados pelo Censo da população em situação de rua em 2019. Infelizmente, 15% deles relataram sofrer violência por parte dos comerciantes e 19% disseram que são impedidos de acessar bares, lanchonetes ou restaurantes.

A partir destes dados fica evidente que o acesso à água para consumo ou para higiene da população que está em situação de rua deve ser objeto de política pública, auxiliados pelo terceiro setor.

Outra realidade

São Paulo, a maior e mais rica cidade da América Latina, não tem nenhum bebedouro instalado nas ruas. Uma publicação do jornal The New York Times (2018) apontou que Nova York tem mais de 3 mil fontes e bebedouros instalados em espaços públicos.

A cidade italiana de Roma possui cerca de 2 mil bebedouros em locais de grande circulação. Paris, na França, tem aproximadamente 1.200 bebedouros públicos.

Londres, na Inglaterra, iniciou uma política para instalar equipamentos para combater o uso de garrafas plásticas e saciar a sede não apenas de pessoas, mas também de animais de estimação em locais públicos. Até mesmo o Chile, país sulamericano, tem um projeto de instalação de bebedouros públicos. [:es]Andando pela rua, em um dia quente de verão, você começa a sentir sede. O que você faz? Provavelmente vai ao estabelecimento comercial mais próximo e compra uma garrafa de água. Sim, pode parecer simples, mas já parou para pensar o que você faria se não tivesse dinheiro ou se não houvesse onde comprá-la?

Quando falamos de falta de água logo pensamos em cenários desérticos, regiões áridas ou imagens de pessoas passando sede e fome no sertão brasileiro. Porém, o inimigo mora ao lado. Muitos não sabem que em São Paulo, a cidade mais rica da América Latina, existem diversas pessoas sedentas neste exato momento.

Pensando nessas situações, a Florescer Brasil desenvolveu um mecanismo para democratizar o acesso à água potável nos centros urbanos e para reduzir o impacto negativo causado pela grande quantidade de garrafas plásticas descartadas anualmente.

O CIVI-CO é um incentivador dessa ferramenta de impacto social e foi um dos pontos escolhidos pela Florescer para receber o totem de água gratuita. Ele ficará localizado aqui na pracinha em frente ao nosso prédio, na Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 445.

Os totens feitos de material reciclável estarão disponíveis 24h por dia. Para utilizar, basta posicionar a garrafa (ou squeeze) e acionar o botão lateral. Filtros de desinfecção ajudam a evitar a contaminação.

FOTO: Divulgação Florescer Brasil

Florescendo impacto

Em meio à crise do coronavírus, a Florescer Brasil instalou lavatórios portáteis públicos no Jardim Colombo, na zona oeste, e no Capão Redondo, na zona sul.

O objetivo era facilitar a higienização das mãos para combater a proliferação do vírus em comunidades com dificuldade de acesso à água. A iniciativa foi destaque e conquistou a vitória do Prêmio Empreendedor Social em 2020, na categoria “Mitigação da Covid-19”.

E não parou por aí. Em julho de 2021, a empresa social instalou um reservatório de água, criou sistema de bombeamento com captação solar e distribuiu caixas d’água para famílias que chegavam a gastar metade da renda com água engarrafada.

Rio Innovation Week 2022

Essas ações renderam ao CEO da Florescer Brasil (@florescer_brasil ), Felipe Gregório, o convite para participar como painelista no Rio Innovation Week e debater sobre novas tecnologias sociais de acesso à água e esgotamento sanitário em locais de difícil acesso, de estresse hídrico e de alta vulnerabilidade social.

O Rio Innovation Week ( @rioinnovationweek ) foi um evento que aconteceu entre os dias 13 e 16 de janeiro, na cidade do Rio de Janeiro, com o objetivo de implantar um hub de projetos que pensam no futuro como presente – desenvolvem, capacitam, surpreendem e empreendem.

Sintomas

A ação do Florescer expõe um problema maior existente nos centro urbanos: falta de acesso à água para moradores em situação de rua. A pesquisa “Cartografias do acesso à Água”, organizada pelo Centro de Convivência É de Lei, faz um levantamento dos banheiros, lavanderias e pias públicas em atividade no centro da cidade de São Paulo.

Contudo, tanto o relatório quanto os banheiros mapeados apontam para a insuficiência dos banheiros disponíveis. Além dos cinco espaços implementados pela prefeitura, existem apenas mais quinze banheiros espalhados pela cidade.

Se considerarmos a soma desses números (20 banheiros), podemos concluir que cada banheiro público em São Paulo é utilizado por 513 pessoas. E estamos contabilizando apenas a população em situação de rua na região central.

Se o cálculo for para toda a população que vive nesses distritos, seriam mais de 8 mil pessoas para cada banheiro. Um número inaceitável, mas que fica pior, pois não levamos em conta as barreiras físicas e simbólicas para acessar a maioria desses banheiros. Uma parte significativa deles está em locais onde existe algum nível de vigilância e controle que impede o livre acesso de todos e todas.

De acordo com a pesquisa, pias e torneiras de uso público foram construídas logo no início da pandemia, que já demandava historicamente a instalação de bebedouros e pias nas vias públicas da cidade. Segundo a prefeitura de São Paulo, seriam instaladas 100 pias pela cidade. Porém, foram identificadas apenas seis.

A população em situação de rua procura água em estabelecimentos comerciais e postos de gasolina, segundo 46% dos entrevistados pelo Censo da população em situação de rua em 2019. Infelizmente, 15% deles relataram sofrer violência por parte dos comerciantes e 19% disseram que são impedidos de acessar bares, lanchonetes ou restaurantes.

A partir destes dados fica evidente que o acesso à água para consumo ou para higiene da população que está em situação de rua deve ser objeto de política pública, auxiliados pelo terceiro setor.

Outra realidade

São Paulo, a maior e mais rica cidade da América Latina, não tem nenhum bebedouro instalado nas ruas. Uma publicação do jornal The New York Times (2018) apontou que Nova York tem mais de 3 mil fontes e bebedouros instalados em espaços públicos.

A cidade italiana de Roma possui cerca de 2 mil bebedouros em locais de grande circulação. Paris, na França, tem aproximadamente 1.200 bebedouros públicos.

Londres, na Inglaterra, iniciou uma política para instalar equipamentos para combater o uso de garrafas plásticas e saciar a sede não apenas de pessoas, mas também de animais de estimação em locais públicos. Até mesmo o Chile, país sulamericano, tem um projeto de instalação de bebedouros públicos.