ESG como ferramenta para a justiça racial

ESG como ferramenta para a justiça racial

Através de muita luta e direitos conquistados, a diversidade racial finalmente está atraindo as grandes empresas, startups e negócios de impacto para modificar essa realidade no nosso país. De acordo com o Instituto Ethos, menos de 5% dos líderes e CEOs são pessoas negras.

A influência das estratégias e métricas ESG (ambiental, social e governança, em português) definiram abertamente as metas corporativas de diversidade e inclusão, apresentando os benefícios sociais e resultados financeiros, que podem ser proporcionados em prol da igualdade social.

Urgência por diversidade

Dentre os desafios enfrentados no setor econômico brasileiro, a prioridade é a criação de um ambiente realmente diverso, inclusivo e equitativo, que incorpore as dimensões de raça e gênero em sua gestão estratégica e cultura organizacional.

Historicamente, quando falamos em diversidade no mercado de trabalho, a população negra teve o acesso à liberdade e educação negados – e isto impacta até hoje nos números e métricas da nossa sociedade. A inserção de políticas públicas mínimas possibilitou a abertura de algumas portas na sociedade, porém a realidade ainda esbarra no racismo estrutural.

Contradição racial 

Os números comprovam que, mesmo em par de igualdade social, a população negra é excluída e rejeitada nos postos de liderança e tomadas de decisão no mercado. Enquanto 56% dos(as) brasileiros(as) se declaram negros(as), apenas 4,7% ocupam uma posição de liderança no mundo corporativo. Esses números escancaram a dificuldade de ascensão profissional da população preta e parda no Brasil.

Quando falamos nos dados das mortes pela polícia, 84% dos alvos são corpos negros. Outro dado alarmante é o da população carcerária: lá em 2021, a porcentagem de pessoas negras era de 67,5%. Infelizmente esses dados nos lembram que a luta pela diversidade tem que ser contínua e obrigatoriamente deve fazer parte da pauta ESG.

Trilha do Racismo Estrutural”, por AD Junior 

“Eu sou descendente direto do maior crime cometido pela humanidade com pessoas negras e você precisa entender sobre isso. Espero que todos consigam acessar essa trilha do racismo estrutural e possam aprender que essa pauta cabe a todos nós.”

  • AD Junior, comunicador, empresário e ativista das causas raciais.

Agora em 2023, o CIVI-CO relança o conteúdo da série “Trilha do Racismo Estrutual – por AD Junior” no formato de podcast, como parte de uma ação educativa para o #NovembroNegro, mês de conscientização racial no Brasil.

Hoje temos mais representatividade política e podemos acreditar e construir juntos e juntas uma nação mais consciente e que promova a justiça racial. Nos 4 episódios do podcast, AD Junior irá nos ensinar sobre o histórico racista e classista do Brasil, desde a época da escravização até as conquistas mais recentes.

Aprender com esse conteúdo é um excelente exercício para impedir que o passado continue a nos assombrar. Vamos construir um futuro justo e equânime, porque no CIVI-CO ele está acontecendo.

🎙 OUÇA JÁ O PODCAST! 🎙

A “Trilha do Racismo Estrutural” foi produzida em uma parceria entre CIVI-CO, Pod Space e Digitale. Com texto, narração e ideia original de AD Junior.