Escolas sustentáveis

Escolas sustentáveis

Por Labor Educacional

Podemos nos apropriar do conceito de sustentabilidade, muito utilizado atualmente pela sociedade para caracterizar a capacidade de se gerar resultados no curto, no médio e no longo prazo.

Há uma expectativa de que a escola seja crescente em qualidade, como preconiza o artigo 206 da Constituição Federal, usando os recursos financeiros disponíveis de modo que haja uma alocação ótima dos recursos e um posicionamento das pessoas por meio do coletivo escolar.

Os segmentos escolares podem elaborar e serem orientados pelo projeto político pedagógico que traça, alinhava e norteia os eixos em torno dos quais deva haver toda a sinergia das coisas, das pessoas e dos conhecimentos disponíveis na escola, ainda considerando o território e a cultura na qual está inserida.

Os aspectos econômicos, sociais e ambientais que envolvem a escola devem ser orquestrados por um acordo autônomo dos segmentos escolares que, diante de tamanha complexidade que é educar para a sociedade contemporânea, precisam pactuar de maneira participativa, pois essa tem sido a tendência mais utilizada nas organizações que estão gerando os melhores resultados no mundo atual.

A escola se atualiza ao que a sociedade, dinamicamente, vem criando como caminhos para suprir sua evolução e desenvolvimento.

Em geral, sem compromissos firmados pelo diálogo e pelos acordos em prol dos resultados coletivos, não se tem visto saídas civilizatórias, deixando-se muitas vezes os canais liberados para o caos, a paralisação ou a violência.

Gestão com qualidade só é possível com visão estratégica. Para essa ser mais integral e abrangente, precisamos entender e compartilhar os saberes e a inteligência dos envolvidos. São as partes inteiramente interessadas em que a educação gere resultados com qualidade, com coordenação da inteligência coletiva, que têm gerado soluções criativas e consistentes frente aos desafios postos.

Claro que o saber científico e a experiência técnica pedagógica são cruciais, mas numa escola na qual somente isso seja ressaltado, sem uma gestão integrada do pedagógico, os resultados são inferiores aos daquelas que aplicam os preceitos da gestão participativa e compartilhada.

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Foto: CDC/Unsplash

Ressaltamos a autonomia e o desenvolvimento das competências e habilidades de escolher e tomar decisões que cada pessoa precisa consolidar para o alcance da sustentabilidade – um projeto de evolução da espécie humana no planeta em que a qualidade de vida dos nossos filhos e netos possa ser progressivamente melhor ou, ao menos, igual aos que alcançamos nos tempos contemporâneos.

O projeto pedagógico da escola, não apenas pelas referências legais e todas as mais importantes obras sobre a gestão escolar, pode e deve ser a carta de navegação da gestão numa escola.  A apropriação desse precioso instrumento e a vivência do mesmo como base do planejamento escolar depende diretamente da mixagem do conhecimento necessário e, do ponto de vista dos relacionamentos, da participação da comunidade escolar.

Isso poderia ser um discurso bonito repetido sem ressonância para aqueles que já possuem muitos desafios no dia a dia da escola. A Labor, que procurou levar a fundo a experiência da participação na gestão escolar em “escolas reais” das redes públicas, tem toda a convicção que isso não se trata de um discurso, mas uma certeza operacional, desde que saibamos facilitar os processos de participação.

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