É preciso ouvir as mulheres

É preciso ouvir as mulheres

Entre rosas e respeito, todo ano temos as mesmas discussões em torno do 08 de março, Dia Internacional das Mulheres. Porém, antes de tentar adivinhar o que elas querem, temos uma pergunta: você escuta as mulheres ao seu redor? 

Diariamente as mulheres lutam para serem ouvidas e infelizmente são silenciadas em todos os espaços. Mesmo com pouca representatividade política, corporativa e econômica, elas resistem e mostram que o mundo contemporâneo exige uma urgente mudança de comportamentos

Muitas atitudes e falas que eram normalizadas no passado, hoje já não são aceitas mais. Pensando nisso, o coletivo feminino do CIVI-CO se uniu para levantar o coro “não queremos mais”. Chegou a hora de entender não só o que as mulheres desejam, mas principalmente o que elas não aceitam mais.  

“#NãoQueremosMais” é uma série de vídeos produzida pelo CIVI-CO para relembrar as lutas em torno do Dia Internacional da Mulher e para promover transformações no ambiente corporativo.

A produção audiovisual traz depoimentos de mulheres empreendedoras de impacto cívico socioambiental da nossa Comunidade, relatando as suas experiências pessoais e profissionais em um mundo dominado pelo patriarcado.

Seu objetivo é instigar uma reflexão e propor a igualdade de direitos dentro e fora das empresas, onde atitudes machistas não existam mais e as mulheres consigam exercer suas atividades com respeito e segurança.

O conteúdo dos vídeos colabora para o cumprimento das metas do ODS 5, estipuladas pela ONU com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, cujo propósito é alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.

Acompanhe e aprenda com essas narrativas e vivências através do nosso canal do YouTube, o “CIVI-CO Play”.  

ASSISTA AQUI 

Leia também o nosso Manifesto “Não Queremos Mais” escrito pela Ana Luiza Prudente, diretora de Comunicação e Relacionamento do CIVI-CO:

“Mesmo no dia 24 de fevereiro de 2022 celebramos os 90 anos do voto feminino no Brasil, mas nossa representatividade política hoje se resume a 15% de mulheres na Câmara Federal e 12,4% no senado federal. 

No ambiente corporativo o disparate se repete. Um estudo da FGV,  Fundação Getúlio Vargas, apontou que 67% das empresas não têm mulheres diretoras. Por conta do racismo, as mulheres negras ocupam apenas 0,4% dos cargos de liderança. 

Pesquisa realizada pela Pearson aponta que 74% das mulheres ainda enfrentam discriminação no mundo corporativo. E, para piorar,  76% das mulheres brasileiras já foram vítimas de violência ou assédio no trabalho, segundo estudo divulgado pelo Instituto Patrícia Galvão.

No ecossistema empreendedor, menos de 5% das startups brasileiras foram fundadas somente por mulheres,  de acordo com o Female Founders Report de 2021. 

Mas, ainda assim, resistimos e avançamos. 

Empresas com líderes femininas têm resultados até 20% melhores. 

Países liderados por mulheres responderam melhor à Covid-19. 

Empreendedorismo feminino cresceu 40 % na pandemia. 

O mundo mudou e a pauta da igualdade de gênero ganhou força tornando-se o Objetivo 5 da Agenda 2030 da ONU.  

Os desafios são muitos, mas nós somos mais. Somos a maioria! Nós, mulheres, representamos 52% da população brasileira. E é deste lugar que me uno a todas no grito #nãoqueremosmais

Não queremos mais sermos desrespeitadas, caladas, ignoradas, minorizadas e forçadas a abrirmos mão dos nossos direitos. Não queremos mais uma sociedade patriarcal, muito menos a desigualdade de gênero!”.