A importância dos negócios de impacto no combate à crise gerada pela COVID-19

A importância dos negócios de impacto no combate à crise gerada pela COVID-19

O ano de 2020 expôs várias feridas da sociedade brasileira: a desigualdade social que se agravou ainda mais; o aumento do número de pessoas abaixo da linha da pobreza; a fragilidade do sistema de saúde, causada por má gestão e falta de estratégia do Governo em âmbito federal, que deixou faltar insumos e oxigênio até em capitais brasileiras.

 

Vimos também os profissionais de educação (setor que sofrerá os impactos da crise por décadas) improvisar e se adaptar a metodologias tecnológicas às pressas, buscando tentar atender aos estudantes que, em sua maioria, principalmente na rede pública, ainda não são assistidos.

 

No entanto, diante desse cenário pandêmico, pudemos também observar iniciativas que revelam um ecossistema resiliente, integrado por pessoas comprometidas com as causas socioambientais, dispostas a usar conhecimentos, capitais, tecnologias inovadoras, criatividade, escala e solidariedade em benefício das pessoas que mais sofrem as consequências da crise.

 

De acordo com o Monitor das Doações COVID 19, iniciativa da Associação Brasileira de Captação de Recursos (ABCR), cujo objetivo é consolidar e conhecer os números das doações realizadas em razão do coronavírus, até o dia 31 de março foram doados R$ 6.733.025.219. Essas doações foram feitas de diversas regiões do Brasil por 630.708 doadores. Já o valor mobilizado em 551 campanhas espalhadas pelo país chegou a R$ 3.632.917.753.

 
 

O Prêmio Empreendedor Social do Ano em Resposta à Covid-19, do qual somos apoiadores, também reconheceu o protagonismo dos projetos, iniciativas, ações e negócios que para minimizar os impactos da crise. Ao todo, foram 30 projetos finalistas, 10 em cada uma das categorias: Ajuda Humanitária, Mitigação da Covid-19 e Legado Pós-pandemia.

 

A seguir, destacamos alguns exemplos de empreendedores sociais que, ao longo deste último ano, “arregaçaram as mangas” para transformar a vida de milhares de pessoas e também ajudar pequenos negócios de impacto a se manterem:

 

Fundo Emergencial para Saúde

Lançado para fortalecer o SUS durante a pandemia, o Fundo Emergencial para a Saúde, iniciativa da nossa residente Movimento Bem Maior, do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (Idis) e da BSocial, organizações dedicadas à promoção da cultura de doação, direcionou recursos para hospitais e Santas Casas de 25 estados.

 

Para escolher quais hospitais receberiam as doações, o projeto contou com a parceria e trabalho pro bono da Sitawi Finanças do Bem, também residente CIVI-CO, e da PLKC Advogados, que cuidaram da parte jurídica e financeira do fundo.

 

Como resultado deste trabalho multidisciplinar, 10.632 doadores, juntos, doaram R$ 40.500.000. Este valor beneficiou 58 hospitais, um centro de pesquisa, um organização social

 

Gerando Falcões

Com estratégias de mobilização em rede, a ONG Gerando Falcões, vencedora do Prêmio Empreendedor Social citado, já conseguiu arrecadar R$ 25,6 milhões em doações, distribuiu mais de 83 mil cestas básicas digitais, articulou 157 organizações e atingiu 451 comunidades com 512 mil pessoas impactadas.

 

Atualmente, a ONG está com a campanha Corona no Paredão, que pretende arrecadar fundos para enviar uma cesta básica a cada quinze dias para as famílias cadastradas nas instituições da rede Gerando Falcões. Colabore, clicando aqui.

 

União BR

Fruto de um grupo de WhatsApp criado pelo empreendedores sociais Marcella Monteiro de Barros Coelho, Tatiana Thomaz Monteiro de Barros, Daniel Serra, Bel Motta e Nelinho Chagas, o União BR nasceu para fortalecer o combate aos efeitos da pandemia. Ao todo, a iniciativa já arrecadou mais de R$ 150 milhões, mobilizou mais de 3.000 voluntários e impactou 8,5 milhões de pessoas.

 

Além de colaborar com o ecossistema compartilhando boas práticas e ferramentas de mobilização, o UniãoBR busca conectar os participantes da rede com entidades que possam fortalecer os movimentos sociais estaduais.

 

G10 Favelas

As favelas do Brasil estão dando um grande exemplo de ações organizadas para conter os danos sociais causados pela crise. O G10 Favelas , bloco de líderes e empreendedores de impacto social das favelas brasileiras, desde o início da pandemia mantém sistemas de distribuição de marmitas, cestas básicas, kits de higiene e acompanhamento comunitário de saúde para os moradores das 10 comunidades que compõem o bloco.

 

Ao todo, já foram realizadas doações de 444.010 cestas básicas, 1.445.190 máscaras, 443.394 kits de higiene e 1.466.910 marmitas. Qualquer pessoa pode contribuir com as ações de arrecadação. Basta clicar aqui.

 

CoVida

O CoVida20, fundo apoiado pelo Instituto de Cidadania Empresarial (ICE), foi um programa de financiamento para negócios de impacto comprometidos com a manutenção de emprego e renda durante a Covid-19. O programa reuniu diferentes perfis de investidores e doadores para oferecer aos negócios empréstimos em condições acessíveis e coerentes com o momento atual.

 

A ideia do programa, que investiu R$6.74 milhões, distribuídos em 47 negócios, impactando 772 pessoas, foi principalmente destinar recursos à remuneração de colaboradores e sócios, mantendo suas famílias e o negócio com um fluxo financeiro saudável durante o período de incertezas.

 

Em nossas redes sociais damos apoio e visibilidades a essas e outras iniciativas de impacto social que estão ajudando a sociedade brasileira a passar por este momento tão difícil.

 

E você também pode ser uma agente social transformados para essas mobilizações. Seja doando, compartilhando as ações e conteúdos das instituições ou engajando-se nas atividades promovidas por seus projetos. Para ficar por dentro do que acontece neste ecossistema, siga o nosso perfil!