5 alimentos com microplásticos que você come

5 alimentos com microplásticos que você come

A ingestão de plástico pelos seres humanos é um problema cada vez mais preocupante e que requer atenção urgente. O plástico, com sua durabilidade, tornou-se uma presença constante em nossas vidas e, consequentemente, em nossos organismos. Pesquisas apontam que, por semana, já estamos ingerindo o equivalente a um cartão de crédito.

A contaminação por plástico ocorre de várias maneiras. A poluição plástica nos oceanos, por exemplo, leva à fragmentação de grandes peças de plástico em microplásticos, que são partículas minúsculas. Esses microplásticos podem ser ingeridos por peixes e outros animais marinhos, que são posteriormente consumidos pelos seres humanos.

Neste mês acontece a campanha “Julho Sem Plástico”, uma época importante para falarmos e nos conscientizarmos sobre o assunto.

Somos o que comemos

Estudos recentes revelam que a ingestão de plástico pelos seres humanos é generalizada. O material também está presente em produtos alimentícios embalados em recipientes ou envoltos em filmes plásticos, que podem liberar substâncias químicas prejudiciais quando em contato com os alimentos.

A poluição por plásticos está tão disseminada no meio ambiente que você pode estar ingerindo cinco gramas por semana – o mesmo que ingerir um cartão de crédito! É o que mostrou um estudo da Universidade de Newcastle, na Austrália, encomendado pelo grupo ativista ambiental WWF International.

Partículas de microplástico foram encontradas em amostras de água potável, frutos do mar, sal de cozinha e até mesmo no ar que respiramos. Essas partículas podem conter uma variedade de produtos químicos tóxicos e disruptores endócrinos que representam riscos à saúde humana.

Confira alimentos que podem conter microplásticos:
  1. Frutos do mar: Alguns estudos indicam que mariscos, peixes e moluscos capturados em áreas contaminadas por plástico podem conter microplásticos. Isso ocorre porque esses organismos filtram a água para se alimentarem e podem acabar ingerindo partículas de plástico presentes no ambiente marinho.
  2. Água potável: A água potável também pode conter microplásticos, provenientes de diversas fontes, como a poluição de rios e oceanos. As partículas podem ser encontradas em águas de torneira, garrafas plásticas e até mesmo em águas engarrafadas.
  3. Sal marinho: Estudos recentes revelaram a presença de microplásticos em amostras de sal marinho de diversas regiões do mundo. O sal é obtido a partir da evaporação da água do mar e pode conter partículas de plástico que foram dispersas no ambiente marinho.
  4. Bebidas engarrafadas: Bebidas embaladas em recipientes plásticos, como garrafas de água e refrigerantes, podem conter microplásticos provenientes das embalagens. Durante o processo de fabricação, o contato do líquido com o plástico pode levar à liberação de partículas microplásticas.
  5. Produtos embalados em plástico: Alimentos embalados em plástico, como carnes, laticínios, frutas e legumes pré-embalados, podem estar sujeitos à contaminação por microplásticos. Isso ocorre principalmente quando o plástico entra em contato direto com o alimento ou quando ocorre a deterioração do material plástico.

É importante ressaltar que os estudos sobre a presença de microplásticos em alimentos ainda estão em andamento e os métodos de detecção e análise estão sendo aprimorados. No entanto, a conscientização sobre o problema e a adoção de medidas para reduzir a contaminação por plástico são fundamentais para garantir a segurança alimentar.

Poluição também está no corpo 

Os efeitos da ingestão de plástico ainda são objetos de investigação científica, mas já existem evidências preocupantes. Estudos indicam que o plástico pode afetar negativamente o sistema imunológico, o sistema endócrino e a saúde reprodutiva. Também há preocupações com a possível associação entre a ingestão de plástico e o aumento do risco de doenças cardiovasculares, câncer e distúrbios metabólicos.

Diante dessa realidade alarmante, medidas precisam ser tomadas para reduzir a ingestão de plástico e proteger a saúde humana. É fundamental promover a conscientização sobre os riscos da poluição plástica e incentivar a adoção de práticas sustentáveis. Isso inclui a redução do uso de plástico descartável, a promoção da reciclagem e o apoio a iniciativas de limpeza de plástico nos oceanos.

Além disso, é necessário implementar regulamentações mais rigorosas para controlar a produção e o descarte inadequado de plástico. Os governos devem adotar políticas que incentivem a transição para alternativas mais sustentáveis, como embalagens biodegradáveis e materiais compostáveis. A indústria também deve desempenhar um papel importante na busca por soluções, investindo em pesquisa e desenvolvimento de materiais plásticos mais seguros e biodegradáveis.

Salvar o planeta e as nossas vidas

A luta contra a ingestão de plástico é uma batalha que deve ser travada em várias frentes. Todos nós, como consumidores, temos a responsabilidade de fazer escolhas conscientes, optando por produtos e embalagens sustentáveis. Ao mesmo tempo, é necessário pressionar por mudanças sistêmicas para que a produção, o uso e o descarte de plástico sejam transformados de maneira significativa.

É necessário proteger a saúde humana e o meio ambiente. Somente por meio de esforços conjuntos, envolvendo governos, empresas, cientistas e indivíduos engajados, poderemos combater efetivamente os malefícios do plástico e garantir um futuro mais saudável e sustentável para as gerações futuras.