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Desenvolvimento humano e organizacional: a transformação do RH

Por Kyvo O profundo impacto da pandemia de COVID-19 e a aceleração digital vivida nos últimos anos somados à pauta cada vez mais necessária de inclusão e diversidade vêm transformando exponencialmente a estrutura das empresas. Como consequência, algumas áreas se viram obsoletas em relação ao cenário atual e vêm buscando se adaptar.  Esse é o caso dos Recursos Humanos, que saiu do posto de fazer apenas a parte operacional e passou a ocupar um lugar de destaque nas organizações, ampliando sua responsabilidade na gestão de pessoas. Neste artigo pretendo traçar um panorama do que tem sido feito para lidar com as necessidades contemporâneas, sem deixar de agregar valor aos negócios. Em 2020, uma pesquisa realizada pela consultoria KPMG ouviu quase 1.300 profissionais de RH de 59 países e a maioria deles já acreditava que a área precisava se reinventar completamente para lidar com os desafios que viriam pela frente. Garantir a experiência e o bem-estar dos colaboradores, auxiliar lideranças no desenvolvimento de uma nova gestão que apoiasse o trabalho remoto e redefinir ou aprimorar a cultura com foco no digital e na agilidade foram postas como pautas prioritárias para a mudança da área.  Em 2021, uma pesquisa feita pela mesma consultoria apontou que a transformação da área está relacionada diretamente à digitalização acelerada e a dupla disrupção causadas pela pandemia. O RH está, definitivamente, diante de novas responsabilidades. Da burocracia à estratégia A área de Recursos Humanos ainda é comumente definida como o departamento que apenas trata de assuntos burocráticos. Realmente, durante muito tempo o setor tinha funções engessadas e era totalmente dependente dos líderes das empresas. Não havia autonomia para criar soluções e se limitava a processos básicos para o funcionamento do negócio e não com o foco no médio, nem no longo prazo.  Recrutamento e seleção, admissão, demissão e apoio na elaboração da folha de pagamento eram as atividades rotineiras e não passava muito daí. Entretanto, com todas as demandas da atualidade que citei acima, este modelo não funciona mais e a empresa que ainda não começou a se adaptar provavelmente já sente, ou sentirá muito em breve, um impacto negativo em seus resultados.  Para se adequar ao cenário atual é preciso estar atento às necessidades das pessoas e o RH é o grande propulsor dessa mentalidade em uma empresa que quer inovar. Cada vez mais a experiência centrada no indivíduo norteia a forma de se fazer negócios e isso engloba todas as pessoas envolvidas no processo: do funcionário ao cliente. Humanizar as organizações é o ponto de partida para a grande transformação e a área precisa ser estratégica e estar totalmente integrada às outras para fazer isso acontecer.  Caso não se adapte a esta realidade do mercado atual, a premissa do indivíduo como centro da saúde organizacional não será disseminada e, diante disso, haverá um reflexo negativo na satisfação do colaborador, diminuindo sua produtividade. Levando em consideração que empresas são um coletivo, quanto menor a satisfação das pessoas que nela trabalham, menor a produtividade como um todo, trazendo piores resultados para a empresa. Resumindo, o desempenho organizacional está positivamente ligado à união e colaboração. Diante das atribuições atuais do departamento, o nome Recursos Humanos se torna, ao meu ver, limitado para uma área com tamanha importância. Há outro nome dado a ele que, particularmente, acho mais adequado: Desenvolvimento Humano e Organizacional (DHO), já que estamos falando de uma área cada vez mais importante, põe em prática uma gestão de pessoas mais ativa e estratégica. Vale lembrar que a necessária transformação deste departamento não quer dizer que as funções operacionais de gestão de pessoas deixem de existir. Elas continuarão no dia a dia, mas cuidar da integração, da satisfação e da capacitação dos colaboradores e atender suas necessidades se tornaram também atribuições fundamentais. Cultivar um clima organizacional harmonioso e a qualidade de vida saudável no ambiente corporativo contribuirá para o alcance das metas e para o sucesso da empresa.  Acredito, portanto, que o papel prioritário do setor é fazer a sua jornada virar uma jornada de gestão de pessoas fundamentalmente voltada para o capital humano e social e, a partir daí, se tornar o principal disseminador dessa cultura por toda a organização. Texto publicado originalmente no site da Kyvo

Comunidades tradicionais têm papel essencial no desenvolvimento da Amazônia

Por CEBDS Cada vez mais, fica claro que o desenvolvimento sustentável da Amazônia requer ações que levem em consideração a realidade local e contem com a participação das comunidades tradicionais.  O “Estudo de Boas Práticas Empresariais na Amazônia”, que acaba de ser concluído pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) em parceria com o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), lista vários exemplos dos quais emerge o papel fundamental que os povos originários desempenham na relação com o setor privado.  Um deles, desenvolvido pela Amazon, pela The Nature Conservancy (TNC) e pelo Centro Internacional de Pesquisa Agroflorestal (ICRAF), tem como meta remover 9,6 milhões de toneladas de carbono na atmosfera em 30 anos, além de beneficiar 3.000 famílias e uma área total de 18 mil hectares. O essencial do plano é acelerar a recuperação de áreas degradadas ou improdutivas via sistemas agroflorestais. O resultado gera, na prática, um ganha-ganha. Por um lado, geram-se créditos de carbono e, por outro, impulsiona-se a renda de agricultores que cultivam cacau e açaí. E se o foco sair do produto já pronto e partir para a matéria-prima? Neste caso, a iniciativa capitaneada por um grupo que inclui Michelin, WWF-França, WWF-Brasil, Memorial Chico Mendes e Fundação Michelin é um bom exemplo. O projeto desenvolvido por esses parceiros no estado do Amazonas já começou com a compra de 7 toneladas de borracha, de forma simbólica, para estreitar a relação de confiança com os produtores locais. O objetivo principal, entretanto, nos próximos anos, é chegar à compra de 700 toneladas, o que beneficiaria 3,8 mil famílias de forma direta e indireta. No Pará, mais especificamente no Tapajós, Baixo Tocantins e Médio Juruá, o principal objetivo de um programa que reúne vários parceiros, entre eles a Natura, a Conexus, o Projeto Saúde e Alegria e o Sebrae, é contribuir para o fortalecimento da floresta em pé. Além de estimular o empreendedorismo e o desenvolvimento territorial. Entre os principais impactos da ideia está o investimento em mais de 20 cadeias da sociobiodiversidade local. O que deve beneficiar mais de 2 mil famílias e envolver 13 cooperativas das regiões. Melhoria da qualidade de vida dos produtores locais também é o objetivo de um programa desenvolvido pela Suzano no Pará, Maranhão e Tocantins. Em termos de produtos promovidos pela iniciativa, que foca na gestão, na produção e na comercialização, existem várias frentes. Por exemplo: farinha de mesocarpo, óleo de babaçu, açaí em polpa, carvão, amêndoas e artesanato. Uma atenção especial é dada ao Programa Colmeias, que visa fomentar a produção de mel dentro das áreas de plantio da empresa. Os produtores parceiros recebem assistência e capacitação técnica e de gestão, bem como ajuda para a implementação de novas tecnologias e assistência na comercialização do mel produzido. Entre todas as atividades fomentadas, a expectativa é que seja gerada uma renda de até R$ 9,5 milhões em três anos. A Suzano calcula que 9 mil pessoas foram retiradas da pobreza pelo investimento social do grupo nas suas áreas de atuação em 2021. Conectividade e energia, além de infraestrutura em geral, como acesso à água e ao saneamento básico, também são vitais para muitas comunidades na Amazônia. Por isso que o caso da Vila Restauração também é interessante.  Por meio de um grupo formado por várias empresas – Energisa, (re)energisa, Aneel, TIM e Conexa Saúde) -, a comunidade do interior do Acre, a mais de 500 km da capital Rio Branco, passou a contar com fornecimento de energia 24 horas por dia. Antes do projeto, as 200 famílias da região tinham luz apenas três horas por dia. Os moradores ficaram dois anos como beneficiários do projeto, antes de virarem clientes das empresas de energia. A motivação por trás do Projeto Ybá, outro exemplo em que as comunidades locais estão envolvidas, é gerar desenvolvimento via expansão dos usos socioambientais de área de floresta da Dow em Breu Branco, no Pará. A ideia é promover a geração de renda a partir do extrativismo de bioativos de interesse comercial.  Um mapeamento feito para a região pelo Instituto Peabiru identificou na área 17 espécies vegetais de interesse comercial para a indústria cosmética e farmacêutica – que podem ser extraídas pelos comunitários das terras da empresa e comercializadas. A produção do primeiro produto em exploração, a andiroba, será comprada pela Natura, parceira também do programa. A previsão é que a iniciativa favoreça 150 famílias, que terão, em alguns anos, uma cooperativa estruturada para continuar com a comercialização das linhas de produção por conta própria. Saiba mais sobre o Estudo O “Estudo de Boas Práticas Empresariais na Amazônia” foi realizado pelo CEBDS em parceria com o Idesam. A publicação analisou 143 iniciativas desenvolvidas por associadas do CEBDS na Amazônia e detalhou 11 projetos que combinam produção e preservação. As ações envolvem mais de 30 parceiros na Amazônia Legal e beneficiam diretamente 50 mil pessoas. O trabalho inédito faz parte do Movimento Empresarial pela Amazônia, iniciativa liderada pelo CEBDS que visa construir uma agenda efetiva em defesa do desenvolvimento sustentável, da criação de emprego e renda com a floresta em pé e da redução do desmatamento. Confira o estudo na íntegra e conheça os bons exemplos do setor empresarial aqui. Texto publicado originalmente no Blog Sustentável do CEBDS

Nosso planeta é o único que tem Carnaval 

Esta é uma época de grande manifestação popular, onde as pessoas vão para as ruas e extrapolam seus sentimentos e emoções. O Carnaval, além de ser um período de festa e confraternização, é uma época de conscientização e aprendizado. Além do entretenimento e da valorização à cultura, um evento da relevância do Carnaval deve ter uma função social. Por todo o Brasil, manifestações carnavalescas socioambientais se espalham gerando impacto positivo nos foliões e mostrando que é possível se divertir e salvar o planeta ao mesmo tempo. Até porque a Terra é o único planeta que temos – e se ela acabar o Carnaval também já era.  Entre as diversas manifestações culturais realizadas na folia deste ano, separamos algumas que serão realizadas em localidades distintas do nosso país, que é tão rico ambiental quanto culturalmente.  Carnaval de Impacto: conheça 5 iniciativas pelo Brasil Carnaval ESG – Salvador (BA) Em parceria com o Sistema B, que é uma certificadora internacional de ESG, a Secretaria Municipal de Sustentabilidade e Resiliência (Secis) vai visitar os camarotes do Carnaval de Salvador e pontuar de acordo com as ações socioambientais que eles estarão praticando durante a festa.  ReciclaFolia – Vitória (ES) No Carnaval de Vitória, cada escola traz, além de muita alegria, adereços bem elaborados. Porém, quando o desfile acaba, entra em cena o pessoal da sustentabilidade. O projeto ReciclaFolia trabalha dando destino aos resíduos usados na festa. Economia Circular – Paraíba do Sul (SP) Apostando na sustentabilidade e na economia circular, a decoração do Carnaval 2023 em Paraíba do Sul será 100% proveniente do reaproveitamento de fantasias e adereços coletados nos desfiles das escolas de samba dos Grupos Série Ouro e Especial no Carnaval de 2022. Galo Sustentável – Recife (PE) O maior bloco do mundo, o famoso “Galo da Madrugada”, entrou nessa onda e terá algumas ações ambientais. Além de manter a estrutura do Galo (com mais de 27 metros) toda feita com materiais reaproveitáveis e recicláveis, o bloco também vai passar a fazer uma compensação de carbono. Confetes biodegradáveis – São Caetano (SP) O SESC São Caetano realiza uma proposta para a família que une ações ecológicas com o Carnaval. A ideia é uma oficina para que os participantes circulem pelo jardim do SESC em busca de folhas multicoloridas para a confecção de confetes sustentáveis. O que é Carnaval sustentável? Mesmo que você não se engaje em uma das atividades acima, ter responsabilidade socioambiental praticando atitudes mais conscientes já é uma forma de diminuir os impactos ambientais causados pelas celebrações da folia.  Dica de leitura:  O Carnaval das algas No Carnaval sustentável não é necessário poluir o meio ambiente com microplásticos para se divertir. Dá para usar o bioglitter, por exemplo, e outras alternativas mais ecológicas. Confira algumas ideias sustentáveis para o Carnaval: Use fantasias feitas a partir de materiais reciclados Faça confetes de folhas secas usando um furador de papel  Prefira latinhas de alumínio às de vidro ou plástico Tenha uma sacola/mochila para guardar seus próprios resíduos Leve seu copo e canudo reutilizáveis Ô, ABRE ALAS, que o Bloco da Responsabilidade Socioambiental quer passar!

Artificial x Natural: aliados ou rivais?

A inteligência artificial (IA) tem um papel importante a desempenhar na ajuda a causas socioambientais no Brasil. A seguir, são apresentadas algumas maneiras específicas pelas quais as tecnologias de IA podem ser usadas para solucionar problemas socioambientais importantes no país. Monitoramento de florestas e desmatamento: O Brasil tem uma das maiores florestas do mundo, a Amazônia, mas também tem um histórico de desmatamento acelerado. A IA pode ser usada para monitorar continuamente as florestas e detectar precocemente qualquer atividade de desmatamento ilegal. Isso ajuda a proteger as florestas e a garantir que as leis ambientais sejam cumpridas. Combate ao aquecimento global: A IA pode ser usada para otimizar a produção de energia verde, como a solar e a eólica, e para desenvolver soluções inovadoras de armazenamento de energia. Além disso, as tecnologias de IA podem ser usadas para prever e responder aos impactos do aquecimento global, como enchentes, secas e mudanças climáticas. Gerenciamento de resíduos: O Brasil tem uma crise de gestão de resíduos, com lixões a céu aberto e descarte inadequado de resíduos tóxicos. A IA pode ser usada para otimizar a coleta e o tratamento de resíduos, assim como para monitorar e prevenir a contaminação do solo e da água. Proteção da biodiversidade: A IA pode ser usada para monitorar a biodiversidade e identificar espécies em risco de extinção. Além disso, as tecnologias de IA podem ser usadas para identificar áreas importantes para a conservação da biodiversidade e para desenvolver planos de proteção. Ajuda humanitária: A IA pode ser usada para responder a desastres naturais e outras emergências humanitárias no Brasil, ajudando a prever as necessidades de assistência e a garantir que os recursos sejam direcionados de forma eficiente e eficaz. Produção de conteúdo  Hoje em dia, existem vários modelos de inteligência artificial que são especialmente treinados para escrever textos. Esses modelos usam uma combinação de linguística, estatística e aprendizado de máquina para produzir textos de alta qualidade. Alguns deles são baseados em regras, enquanto outros são baseados em dados. Veja exemplos de usos da inteligência artificial na escrita de textos: Geradores de conteúdo: Sistemas de inteligência artificial que são capazes de produzir textos sobre tópicos específicos com alta qualidade e rapidez. Chatbots: Sistemas de inteligência artificial que são usados para conversar com os usuários de aplicativos e websites, respondendo a perguntas e fornecendo informações. Correção automática: Sistemas de inteligência artificial que são usados para corrigir erros gramaticais e de ortografia em textos escritos por humanos. Redação automática: Sistemas de inteligência artificial que são usados para produzir textos sobre tópicos específicos, como notícias, resumos de livros e artigos de revistas. Em conclusão, a inteligência artificial tem um papel crucial a desempenhar na ajuda a causas socioambientais no Brasil. A IA consegue fornecer soluções inovadoras e eficazes para algumas das maiores ameaças ao meio ambiente e à sociedade. Suas tecnologias podem ser usadas para monitorar e proteger as florestas, combater o aquecimento global, gerenciar resíduos, proteger a biodiversidade e responder a emergências humanitárias. *Texto 100% produzido pela Inteligência Artificial do ChatGPT.

Futuro dos negócios de impacto no novo governo

Organizações não governamentais (ONGs) e empresas sociais são aliados nas causas sociais e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, essas iniciativas atuam diretamente nas dores da sociedade procurando soluções para problemas sistêmicos e estruturais. Mesmo não dependendo exclusivamente de um governo, o trabalho realizado pode ser afetado por medidas políticas. Por isso, toda troca ou mudança de liderança gera uma tensão no setor. O que pode mudar em um novo governo? Será que terá um impacto positivo para os negócios sociais? Quais as expectativas do setor? Nós, do CIVI-CO, conversamos com alguns membros da nossa Comunidade para saber o que esperar dos próximos anos, o que esse novo governo pode fazer para mudar este cenário e gerar as transformações sociais. Após um período turbulento para as causas socioambientais, onde recursos foram cortados, o país perdeu investimentos e ajuda do exterior, profissionais sofreram repressão e diversas fake news foram propagadas. O novo governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), se mostra mais aberto ao diálogo com o setor. Isso tem dado mais esperança para os empreendedores e ativistas. “Esse novo governo reconhece e é fruto dos movimentos sociais, então, é mais simples e legítimos quando a gente tá dialogando com pessoas que passaram por toda experiência de impacto positivo que os movimentos sociais têm para trazer para as pessoas. Reconhecer a importância e valorizar o que os movimentos sociais fazem é fundamental para promover o empreendedorismo social”, comentou Janine Rodrigues, empreendedora social e fundadora da Piraporiando. Impacto social  Desde a campanha eleitoral, o atual governo adotou um discurso progressista, alinhado com as causas socioambientais. Essa postura construiu uma forte identificação dos agentes desse setor, resultando na nomeação de ativistas e profissionais técnicos para a base governamental nos ministérios. “É evidente que as agendas ESG e as ODS da ONU vão ganhar um novo destaque, assim como as estratégias de impacto social que já haviam sido iniciadas em governos passados, mas que ganhou pouca força nos últimos anos, no atual governo existe a expectativa que as crises humanitárias sejam alinhadas com estratégias de soluções de enfrentamentos de crises no Brasil e no mundo” , salientou Higor Cauê, diretor executivo do Instituto Humanitas 360. Curto Prazo Para alguns, apesar de pouco tempo, a alternância de poder já está fazendo mudanças consideráveis, como destaca Caroline Fonseca, educadora e Superintendente-executiva da Labor Educacional: “As empresas agora querem compreender, colaborar e ajudar os projetos sociais em diversos setores. No recorte da educação temos um trajeto muito bonito a ser traçado, muito curioso que desde o ano passado, no período eleitoral nós temos recebido muitas demandas das secretarias, não sei se tem a ver a questão política, mas estamos recebendo o contato de secretarias que nunca atuamos”. Aprendendo sobre negócios sociais Você sabe que é possível empreender e se manter responsável e comprometido com as mudanças positivas na sua comunidade, país ou até mesmo no mundo? Essa modalidade são os negócios de impacto social. Esse tipo de empreendimento tem como objetivo solucionar algum problema social, mas sem deixar de ser economicamente viável. Os negócios de impacto social buscam impacto socioambiental positivo gerado através do próprio core business do empreendimento. Ou seja, a atividade principal deve beneficiar diretamente pessoas com faixa de renda mais baixas, as chamadas classes C, D e E. De acordo com levantamento realizado pela consultoria Tendências em 2021, o Brasil possui 37,7 milhões de domicílios compondo essa base social. Na prática, os negócios sociais configuram-se como uma organização de várias naturezas jurídicas que opera como empresa, orientando-se pela lei da oferta e demanda e dedicando-se a conhecer seu público, oportunidades e riscos, e utilizando mecanismos de mercado para atingir seus propósitos sociais. Mas você sabe a diferença entre negócios e organizações sociais? Descubra a resposta lá no nosso post do Instagram.

Consumo consciente também é sobre gerar impacto positivo às pessoas

Por Instituto Akatu Por meio da prática do consumo consciente, cada um de nós pode contribuir de forma ativa para a sustentabilidade da vida no planeta. Ao ler a palavra sustentabilidade, pode ser que você logo associe a aspectos ambientais — preservação da biodiversidade, uso responsável dos recursos naturais, proteção dos oceanos, etc. —, mas é importante se lembrar que cada escolha gera impactos positivos ou negativos também às pessoas e precisamos nos atentar a isso. Afinal, não existe sustentabilidade sem direitos humanos, diversidade e inclusão. Ao adotar práticas de consumo consciente no cotidiano, levamos em consideração a maneira como o produto foi feito e por quem foi feito. Ao fazer escolhas mais conscientes, contribuímos para a construção de ambientes plurais, livres de qualquer tipo de discriminação e de formas de trabalho análogo ao escravo, irregular ou infantil, além de poder incentivar e apoiar pequenos produtores, favorecendo o desenvolvimento social e econômico de sua região. Promova a justiça social A pesquisa “Nós e as Desigualdades 2022”, realizada pela Oxfam Brasil em parceria com o Instituto Datafolha, revela que a sociedade brasileira tem uma percepção consolidada da importância de combater as desigualdades para construirmos um futuro melhor. Segundo o estudo, 85% dos brasileiros consideram que só há progresso com a redução das desigualdades. Em uma escala de 0 a 10 foram selecionadas as principais medidas para redução das desigualdades e “garantir direitos iguais entre homens e mulheres”, “combater o racismo” e “aumento do salário-mínimo” tiveram nota média de 9,5. Entre os resultados, a pesquisa revelou que: 69% acreditam que o fato de ser mulher impacta a renda; 59% concordam que as pessoas negras ganham menos; 75% acreditam que a cor da pele influencia a contratação por empresas. Consumo consciente na prática Ao fazer muitas de nossas escolhas de consumo, temos a oportunidade de priorizar empresas e marcas que têm ações concretas nessa direção, buscando minimizar as desigualdades em toda a sua cadeia produtiva. Buscar informações sobre as empresas é fundamental. As práticas relacionadas à diversidade, inclusão e trabalho justo refletem como elas enxergam o seu papel na sociedade. Procure saber se a empresa tem ações de: promoção da equidade de gênero em todas os cargos; promoção da equidade racial em todos os cargos; inclusão de pessoas com deficiência; combate ao trabalho análogo ao escravo, infantil e ilegal; contratação de talentos e defesa dos direitos da comunidade LGBTIA+; formação continuada e desenvolvimento de talentos; proteção da comunidade do entorno. Em outras atividades cotidianas, busque: comprar de pequenos produtores e empreendedores; comprar e valorizar empreendedoras negras; privilegiar negócios que exaltam a diversidade étnica e cultural do Brasil; adotar o hábito de doar roupas e outros produtos que você não usa mais. Um caminho possível  Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) funcionam como um guia para construirmos um mundo melhor juntos.  Eles mostram que  é necessário ter um plano de ação para que todos os países e os diferentes atores sociais (governos, setor privado, organizações sociais e sociedade civil) possam agir de forma colaborativa para erradicar a pobreza, promover vida digna para todos e avançar rumo ao desenvolvimento sustentável. Ao todo, são 17 objetivos e 169 metas aplicáveis universalmente, mas levando em consideração as diferentes realidades e níveis de desenvolvimento dos países. Conheça algumas dessas metas que focam justamente na redução das desigualdades como princípios fundamentais para o desenvolvimento sustentável: Erradicar a pobreza e a fome de todas as maneiras e garantir a dignidade e a igualdade (ODS 1); Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades (ODS 3); Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas (ODS 5); Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo, e trabalho decente para todos (ODS 8); Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis (ODS 16). Depois de refletir sobre os impactos sociais do nosso consumo, mude seus hábitos, pratique o consumo consciente e faça a sua parte por uma sociedade mais justa, inclusiva, diversa e sustentável! Texto publicado originalmente no Blog do Akatu.

Por que é importante conhecer a origem do que você consome?

Por Ana Beatriz Ferreira*   Antes de consumir um produto, somos impactados por uma enorme diversidade que o mercado oferece, com atributos que fazem com que cada escolha tente ser superior à outra. Embora alguns deles saltem aos olhos, em um primeiro momento, é sempre importante conhecer a origem do que você consome. A justificativa para isso, atualmente, se deve ao fato de a economia linear ainda ser muito dominante em todo o mundo. Ou seja, os produtos são fabricados, transportados, adquiridos e depois descartados, sem que se dê novo uso a eles. O movimento da economia circular, por outro lado, tenta ir na contramão ao criar uma cadeia de valor, com matérias e itens que possam ter novas funções no futuro. Aqui, nada se perde, tudo se transforma.  Conhecer as origens daquilo que consumimos, assim, surge como alternativa para optar por empresas que buscam fortalecer a circularidade, associando-se a certificações que garantem boas práticas no dia a dia, capazes de contribuir a favor da justiça social e ambiental. Quer saber outros motivos pelos quais é essencial colocar isso em prática no seu dia a dia? Não deixe de ler a lista a seguir! 1 – Porque é uma forma de garantir que você compra de quem também cuida do planeta Hoje, segundo estudo realizado pelo Living Planet Report, da ONG ambiental WWF, seriam requeridas duas Terras para dar conta de todo o consumo de recursos naturais realizado pela humanidade até 2030. É coisa demais, não? Devido a esse fato, faz toda a diferença optar pelo consumo consciente, de empresas que buscam trazer mais impacto positivo, cuidando de todas as etapas da produção, comercialização, distribuição e, claro, da reciclagem de seus produtos, com práticas como logística reversa no dia a dia. 2 – Porque é uma escolha que beneficia justiça social e fortalece comunidades Ao escolher comprar de negócios que têm programas sociais e que beneficiam pessoas de diferentes raças, credos, gêneros e orientações sexuais, também vamos no sentido de um mundo mais justo. Em que haja oportunidades para todas as pessoas e, principalmente, no qual a pluralidade seja um valor, capaz de favorecer a economia criativa e soluções diferenciadas para os problemas de todo o planeta com que nos deparamos hoje. Quando se fala sobre matéria-prima, ainda mais no Brasil, o país com maior biodiversidade em todo o mundo, certificações como a de agricultura familiar garantem, também, que famílias de áreas rurais gerem renda e tenham mais perspectivas de crescimento sustentável, com melhor acesso à educação, saúde, cultura e a muito mais. 3 – Porque, ao saber de onde vem, criamos conexões genuínas Ter conexão com aquilo em que acreditamos, individualmente e em comunidade, é a melhor forma de garantir que sejam feitas escolhas de consumo consciente. Sem impulsos que possam prejudicar a natureza e o futuro das próximas gerações. Pensando nisso, projetos como o “De Onde Vem” buscam dar nome, voz e histórias aos produtos ecológicos que já fazem parte do dia a dia da comunidade da Positiv.a, um exemplo que humaniza e aproxima todos os pontos do ciclo de vida que se repete, em equilíbrio e circularidade, tal qual a economia que preza em seu modelo de negócios. O consumo, em nossa sociedade, faz parte, sim, da rotina. Mas pode ser transformado, repensado, questionado. E cada ação dessa faz grande diferença: não somente para o meio ambiente, como também para quem está ao nosso redor, caminhando rumo a um mundo mais justo e de impacto positivo. Vem com a gente nessa? Compartilhe essa mensagem com quem também se interessa por consumo consciente e segue no caminho! *Coordenadora de mídias sociais da Positiv.a.

Assista ao Visita CIVI-CO: Paiter Suruí

“Vamos transformar o Brasil em um grande líder em sustentabilidade!” – Almir Suruí, Cacique Geral dos Paiter Suruí. A segunda temporada do “Visita CIVI-CO” desembarcou no território Indígena Sete de Setembro, em Cacoal (RO). Nessa jornada pela Amazônia, conhecemos e aprendemos com o impacto gerado por essa comunidade que possui uma extensa articulação na bioeconomia. Os Suruí de Rondônia se autodenominam Paiter, que significa “gente de verdade” na língua tupi-mondé. Atualmente ocupam uma área de 247 mil hectares. A comunidade liderada pelo Cacique Almir Suruí precisou se reinventar para garantir e assegurar sua existência ao longo dos anos e hoje é referência em inovação. [embedyt] https://www.youtube.com/embed?listType=playlist&list=PLOufRo26TWGvDJACeyHEaZ7dr2rstmK4p[/embedyt]   Venha visitar com a gente “Visita CIVI-CO” é uma série produzida a partir de visitações às organizações e iniciativas de impacto cívico socioambiental pelo Brasil invisibilizado. Após a primeira temporada gravada no G10 Favelas em Paraisópolis, a segunda traz as narrativas da comunidade do Povo Paiter Suruí e a relação deles com a natureza e a bioeconomia. Nosso objetivo é desmistificar a proposta de negócio de impacto como um modelo elitista, provando que os ecossistemas indígenas também desenvolvem soluções e inovações transformadoras. Em três episódios publicados semanalmente no YouTube, vamos ampliar essa conversa e conhecer mais essas iniciativas. Metareilá “local de reunião” O povo Paiter Suruí só teve contato oficial com os não-indígenas em 1969. Essa aproximação trouxe profundas mudanças sociais na comunidade.  Antes do contato, existiam mais de 5 mil Paiter Suruí. Depois, esse número foi reduzido para aproximadamente 290 indígenas e quase foram extintos. Em 1989, preocupados com a longevidade da comunidade, as lideranças criaram a Organização Metareilá para combater a atividade madeireira ilegal, escolhendo representantes compromissados com a defesa do meio ambiente. Metareilá significa “local de reunião”. A Organização incentiva alternativas econômicas sustentáveis, faz articulações com organizações nacionais e internacionais e busca apoiadores que se identificam com as causas socioambientais. Em 2007, os Paiter Suruí também implementaram um Projeto de Crédito de Carbono Florestal para preservar a floresta e desenvolver um Plano de Vida para os próximos 50 anos. O Projeto irá financiar atividades de proteção e fiscalização através de pagamentos por serviços ambientais, como a comercialização de créditos de carbono. Assista ao Visita CIVI-CO! Descubra mais: www.paiter-surui.com

Ressignificando traumas

Por Natureza Conecta Todos os anos milhares de crianças e jovens passam por experiências traumáticas. Elas sofrem abusos, violências domésticas, opressões étnicas e são torturadas. Aliás, você leitor, deve se perguntar: quem nunca viveu um trauma? Vamos começar pela definição. É importante dizer aqui, que vamos abordar traumas psíquicos e não físicos. A psicologia clínica define um trauma ou psicotrauma como uma agressão externa à integridade psíquica. A definição não se refere ao estado de risco à vida, mas sim ao dano emocional causado pela experiência. O que nos leva a pensar que, não é o fato que ocorreu que define os efeitos do trauma, mas a intensidade subjetiva com a qual foram vivenciadas. Isto é, cada indivíduo tem a sua interpretação do trauma. Há elementos que contribuem para o impacto causado por um trauma, como quando, por exemplo, quem ocasionou é alguma pessoa muito próxima. Existe uma rede de apoio para o pós-traumático e as habilidades internas de enfrentamentos de cada um. Dados esses elementos, sabemos que a maior preocupação é com crianças e jovens, uma vez que ainda estão em fase de desenvolvimento e são muito mais vulneráveis a situações como essas. Mesmo após anos, os traumas não superados podem desencadear sintomas graves e prejudicar o desenvolvimento da criança, podendo gerar tanto distúrbios psíquicos, quanto dificuldades no aprendizado. Especialmente na adolescência, os traumas infantis não superados podem ocasionar problemas comportamentais. Neste momento, a vítima pode se tornar um AGRESSOR. A natureza cura Com o objetivo de apoiar crianças e jovens no processo de superação de traumas nasceu o Natureza Conecta. Nosso trabalho é trazer o poder de cura da natureza e dos animais por meio de um programa terapêutico pedagógico que compreende na terapia assistida por animais e na pedagogia do trauma. Nossa missão é combater a desigualdade social oferecendo a população em situação de vulnerabilidade social tratamento para saúde mental, possibilitando a melhoria de seu bem-estar, diminuindo transtornos mentais e apoiando a ressignificação das vivências para uma mudança positiva perante à vida. Saiba mais sobre a gente lá no nosso site e nos acompanhando nas redes sociais @_naturezaconecta.

A articulação brasileira na COP 27

Começou no último domingo (06) a conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas, a COP 27, sediada em Sharm el-Sheik, no Egito. E o Brasil estará no centro das pautas debatidas. A comitiva brasileira desembarca no evento em grupos distintos e levantando bandeiras importantes nessa luta climática. Desta vez, o Brasil entra com expectativa de chegar à mesa de negociações com foco no diálogo, em busca de ser reinserido nas soluções climáticas mundiais, atuação da qual ficou afastado politicamente nos últimos anos. Mas para acompanhar esta articulação precisamos ficar atentos a três grupos brasileiros específicos que estarão na COP 27: Brazil Climate Action Hub – o pavilhão inclui ambientalistas e cientistas e busca dar visibilidade para ações que esses grupos propõem contra a mudança climática, na contramão do discurso oficial. Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) – associação nacional de entidades que representam os povos indígenas do Brasil e que busca mobilizar os povos e organizações indígenas do país contra as ameaças e agressões aos direitos indígenas. Comitiva do Presidente Luís Inácio Lula da Silva – acompanharão o presidente eleito, a deputada federal eleita e ex-ministra do Meio Ambiente de governos petistas anteriores, Marina Silva (Rede Sustentabilidade) e a senadora Simone Tebet (MDB-MT), além de outros aliados que irão compor o futuro governo. Afinal, o que é a COP 27?  Criada em 1995, a Conferência das Partes (COP) chega à 27ª edição em 2022. Ela é uma reunião entre países-membros da ONU voltada à mudança climática, em que os participantes debatem soluções comuns para os desafios do clima, podendo criar novos acordos e acertos ambientais e buscando combater o aquecimento global. Chefes de Estado, ministros e diplomatas que se envolvem nas principais negociações sobre o tema são convidados para o evento. Mais de 90 estadistas devem ir ao encontro no Egito. Também costumam participar representantes do setor privado e da sociedade civil, ativistas e estudiosos que comparecem a reuniões e debates paralelos. A COP é realizada pela UNFCCC, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, grupo de 196 países, criado em 1992, com o objetivo de estabelecer compromissos globais para o combate ao aquecimento global, diante da intensificação do problema e de seus efeitos nas últimas décadas. Confira a programação completa da COP 27 Participação brasileira Mesmo sendo um encontro de estadistas, e o Brasil estando no centro das atenções principalmente por conta da Amazônia, o presidente Jair Bolsonaro não comparecerá à COP pelo segundo ano consecutivo. O Governo Federal deverá marcar presença apenas com o ministro Joaquim Leite. Em contrapartida, o Consórcio da Amazônia Legal, grupo oficial composto pelos governos estaduais do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Maranhão, estará presente na edição deste ano. Veja os destaques da COP do ano passado O público esperado para a COP 27 é de 20 mil pessoas. Além das representações governamentais, ao todo serão 12 dias de debates com ampla participação brasileira em todos eles. Acompanhe alguns perfis que farão a cobertura da COP27: 🌏 @youthclimateleaders 🌏 @imazonoficial 🌏 @plataformacipo 🌏 @cop27_egypt 🌏 @souamandacosta

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