Quando a COP 30 chegar

Quando a COP 30 chegar

por Instituto Escolhas

A imagem da floresta imponente, vista de cima, ainda predomina. No entanto, cada vez mais, é importante olhar a Amazônia também com os pés no chão, de onde é possível dialogar com as populações desse território. Foi esse, de certo modo, o convite feito pelo governo brasileiro ao mundo, ao propor a realização da COP 30 em Belém, no Pará.

Com uma agenda fortemente pautada nas políticas sociais, o governo Lula tem na Amazônia seu grande desafio. À riqueza da biodiversidade contrapõe-se um modelo de país ainda atrelado a atividades potencialmente danosas ao meio ambiente e promotoras do desmatamento. Diante disso, quais caminhos de desenvolvimento sustentável o Brasil terá a mostrar quando a COP 30 chegar?

O estudo “Como a bioeconomia pode combater a pobreza na Amazônia?”, do Instituto Escolhas, analisou os estados do Pará e Maranhão para mostrar o potencial da recuperação florestal e da horticultura como atividades geradoras de emprego e renda. Já temos, aí, duas possibilidades.

A pesquisa estima, por exemplo, que a recuperação de 5,9 milhões de hectares de florestas no Pará poderia gerar 1 milhão de empregos diretos e diminuir em 50% o índice de pobreza naquele estado. Já no Maranhão, a recuperação de 1,9 milhão de hectares de florestas poderia criar 350 mil empregos diretos e reduzir em 21,5% o índice de pobreza.

A redução da pobreza e o aumento da oferta de empregos formais são importantes, também, para que o Brasil atinja a marca do desmatamento zero, como mostrou outro estudo do Escolhas, “O combate à pobreza pode contribuir para o fim do desmatamento no Brasil?”.

Seja qual for a situação, os governos federal e estaduais têm, evidentemente, um papel essencial no desenvolvimento e na implementação das políticas sociais voltadas para o fortalecimento das cadeias produtivas da Amazônia, bem como nas políticas de geração de emprego e renda.

Assim, quando a COP 30 chegar, a inclusão do combate à pobreza na agenda da mitigação das mudanças climáticas e do desenvolvimento sustentável já deve ser realidade.

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