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Por que o Brasil está em chamas?

Na última quinta-feira (05), comemoramos o Dia Nacional da Amazônia, um momento de reflexão sobre a importância vital da maior floresta tropical do planeta. No entanto, a data chega em um contexto de crise ambiental severa que ofusca parte da celebração. 

Nos últimos meses, o Brasil tem sido palco de uma catástrofe climática: a Amazônia enfrenta um aumento dramático das queimadas e uma grave seca dos rios, revelando a urgência da preservação da região.

Com mais de 135 mil focos de incêndio registrados até o início de setembro deste ano, um aumento de 101% em relação ao mesmo período do ano passado, é urgente entender as causas e buscar soluções eficazes e emergenciais.

Triste realidade

O agravamento dos incêndios florestais é impulsionado pela combinação de mudanças climáticas e ações humanas. A intensificação da seca e o aumento das temperaturas contribuem para a elevação da frequência e da severidade desses incêndios, criando condições ideais para sua propagação descontrolada.

No entanto, as atividades humanas desempenham um papel significativo nesse cenário. Diversos incêndios são provocados intencionalmente por indivíduos que buscam degradar áreas para futuros usos, como forma de protesto ou mesmo vandalismo.

O problema se torna ainda mais grave com o aumento das queimadas na Amazônia e no Cerrado, onde a prática de usar o fogo para limpar áreas desmatadas é comum. Apesar dos esforços para intensificar a fiscalização e reduzir o desmatamento, o número de queimadas tem aumentado, principalmente devido à degradação das áreas que já foram desmatadas. 

Amazônia viva

Além das políticas do governo, o trabalho dos movimentos sociais e das organizações do terceiro setor faz a diferença. Na semana em que celebramos a importância da biodiversidade da Amazônia, mais de 300 atividades culturais já começaram em todo o Brasil.

Na sua terceira edição, a Virada Cultural Amazônia de Pé mobiliza uma aliança composta por mais de 350 organizações e coletivos, que promovem e divulgam a mensagem “O que acontece na Amazônia não fica na Amazônia” para engajar diferentes segmentos da população brasileira em discussões sobre o tema.

Durante a Cúpula Social do G20 será entregue uma carta aos ministros Marina Silva e Paulo Teixeira, que apresentará propostas para fortalecer a proteção das florestas públicas da Amazônia contra a grilagem, o desmatamento e as queimadas.

“É tempo de ação coletiva: brasileiros e brasileiras de todos os cantos precisam somar forças com a luta dos povos ancestrais e levar o debate sobre Amazônia e clima para redes, praças, ruas e rios de todo o país. E a cultura é fundamental para esse tipo de mobilização”, afirma Daniela Orofino, diretora da Amazônia de Pé.

Precisamos dar o exemplo

Com a chegada da COP 30 e do G20 em nosso país, essa crise pode ser vista como uma oportunidade de discutir globalmente as soluções para a Amazônia, reafirmando a importância do bioma que é habitado por mais de 30 milhões de pessoas, que ainda enfrenta desafios sérios e urgentes.

Pela primeira vez, os povos amazônicos têm chances mais concretas de pautar a justiça climática dentro do seu próprio território, a partir da sua perspectiva. Enquanto os líderes mundiais estiverem reunidos em Belém, provavelmente na época da seca, as queimadas, o desmatamento ilegal e a fumaça serão questões inevitáveis.

Neste momento, o nosso país tem a obrigação de se unir e garantir a proteção de nossas florestas e povos originários. Deste modo, nos colocamos como líderes e referências globais da preservação ambiental e do combate às mudanças climáticas.

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