Quando pensamos em esportes, a imagem que geralmente vem à nossa mente é a de competições emocionantes, recordes batidos, medalhas e grandes troféus. No entanto, o esporte é muito mais do que isso. Ele é uma ferramenta poderosa para inclusão e transformação social, através da sua capacidade de unir pessoas de diferentes origens, culturas e habilidades.
Ao redor do mundo, organizações e projetos usam o esporte como uma forma de inclusão social, proporcionando oportunidades para pessoas com deficiência, jovens em situação de vulnerabilidade e comunidades marginalizadas.
“E principalmente porque o esporte fala uma língua que é entendida por todos, e em todas as partes do mundo”, disse Nelson Mandela durante a Copa do Mundo de rugby em 1995.
Para transformar vidas
Em uma pesquisa realizada pelo Censo Escolar da Educação Básica, em 2020, entre as escolas de ensino básico, somente 40,6% têm local de prática e materiais de esporte, e 47% não possui nenhuma instalação para a prática desportiva. Dados como esses são desanimadores e reforçam como o Brasil sofre com a desigualdade.
Para tentar mitigar essa triste realidade do nosso país, diversas organizações sem fins lucrativos criam e mantêm projetos sociais, principalmente em regiões periféricas. Essas organizações, além de promover o esporte, trabalham temas sociais como violência, desemprego e falta de educação, oferecendo aos jovens uma alternativa saudável e positiva.
Devolvendo o bem
Muitos dos atuais atletas de elite brasileiros possuem trajetórias difíceis e só conseguiram se manter no esporte graças a iniciativas que apoiam sua jornada. Além de se beneficiarem desses programas, esses atletas frequentemente se envolvem e lutam por causas importantes.
No Brasil, há vários exemplos de atletas que, ao alcançar o sucesso, retribuem e apoiam projetos e causas sociais, ajudando a fazer a diferença em suas comunidades. Um muito conhecido, é o Instituto Reação.
Criado pelo judoca e medalhista olímpico Flávio Canto, junto com seu técnico Geraldo Bernardes, eles usam o judô e a educação como pontos de partida, com o objetivo de promover a integração social e o desenvolvimento humano. Com mais de 2 mil alunos assistidos, o Instituto foi responsável pela formação de nomes importantes do judô nacional, como a da campeã olímpica Rafaela Silva.
Para todas as pessoas e idades
Dentro da nossa Comunidade, temos o orgulho de contar com o Walking Football Brasil, uma organização que nasce para co-criar soluções e experiências para uma longevidade ativa e plena, garantindo qualidade de vida principalmente para as pessoas com 60+ de todos os gêneros.
O “walking football” (ou “futebol andando”) é uma modalidade de futebol onde se joga caminhando e não correndo, permitindo com isso uma prática mais inclusiva para todas as pessoas, além de melhorar significativamente os índices de saúde e bem-estar físico e emocional dos(as) praticantes.
Para saber mais desse projeto, acesse: www.wfb.org.br
Impacto positivo que vale ouro
O esporte vai além de ser uma disputa de atletas e equipes por medalhas e recordes. Ele é uma força transformadora que promove a inclusão, a mudança social e a conexão humana.
Quando valorizamos o seu papel de ferramenta para construir um futuro mais equânime e justo, estamos abraçando seu verdadeiro potencial e reconhecendo seu impacto positivo em nossas vidas e na sociedade como um todo.
Na próxima vez que você assistir a um jogo das Olimpíadas, lembre-se de que está presenciando muito mais do que uma competição. Está testemunhando o poder do esporte de unir, transformar e inspirar.